Ong Acari, de Itabuna, tem propostas para combatera fome e reaproveitar alimentos no sul da Bahia
Adenildes Correia, Antônio Américo Carvalho, Andirlei Nascimento, Ana Cristina Oliveira, Mailza Oliveira e Ederivaldo Benedito, dirigentes da Ong Acari
A implantação da Política Municipal de
Erradicação da Fome e de Promoção da Função Social dos Alimentos e o lançamento
de uma campanha educativa contra o desperdício de alimentos e o seu
reaproveitamento racional, no sul da Bahia, são dois pontos que constam num
amplo estudo elaborado pela ong Acari-Comunicação e Cidadania. Sediada em
Itabuna, a organização não-governamental foi criada em outubro de 2024.
Iniciado em agosto de 2022 e concluído
no final de janeiro deste ano, o profundo e exaustivo trabalho de pesquisa foi
elaborado por uma equipe integrada por profissionais de diversas áreas. O estudo,
contendo 58 páginas, traz sugestões de projetos sociais a serem implementados, em
curto e em médio prazos. “A proposta é despertar e mobilizar a sociedade e, em
conjunto, enfrentar o grande desafio de superar as desigualdades socioeconômicas
ainda existentes”, afirmou o técnico agrícola e servidor aposentado da Ceplac,
Antônio Américo de Carvalho, dirigente da Acari.
O advogado Andirlei Nascimento lembrou
que a volta do Brasil ao mapa da fome, o agravamento da segurança alimentar e
nutricional no país, a necessidade da instituição, no Estado, de uma política de
erradicação da fome e de promoção social dos alimentos foram os motivos que
levaram a Acari a elaborar o estudo. Segundo ele, o lançamento, pela
CNBB-Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, da Campanha da Fraternidade deste ano,
que tem como tema “Fraternidade e Fome”, foi decisivo para a
apresentação das propostas.
“Itabuna, por exemplo, vive uma grande
contradição: o município de aproximadamente de 197 mil habitantes, tem 53 mil
pessoas vivendo em situação de extrema pobreza. No entanto, o Restaurante Popular
– unidade que chegou a oferecer mais de setecentas refeições diária – está fechado desde
outubro de 2018, e a comunidade dispõe de dois cursos Nutrição, um em
nível técnico, no CEEP, e outro superior, oferecido pela Faculdade Unex-Itabuna.
Para agravar a situação, temos um dos mais elevados índices de desperdício de
alimentos no Estado”, destacou Ederivaldo Benedito, diretor-executivo da Acari.
O documento elaborado pela Acari foi
entregue seguintes autoridades: governador Jerônimo Rodrigues, prefeitos
Augusto Castro (Itabuna) e Mário Alexandre (Ilhéus), vereador Erasmo Ávila,
presidente da Câmara de Itabuna; Manoel Porfírio, presidente da Fundação
Marimbeta; professor Tiago Pereira da Costa, coordenador geral das Ações Estratégicas de
Combate à Fome na Bahia-“Programa Bahia Sem Fome”. Foi também encaminhado ao
ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias.
“Nas últimas semanas, a Acari manteve contatos
com diversos segmentos da sociedade sulbaiana, desde prefeitos, vereadores e dirigentes
governamentais. Mas, destacamos a boa receptividade que tivemos da direção do Colégio Adeum
Sauer, que tem à frente a professora Rose Guerra, e da comunidade de
Itajuípe, representada pelo prefeito Leo Junquilho, a secretária de Desenvolvimento
Social Raianne Passos, todos os membros da Câmara Municipal,
dentre eles o vereador Raul Estrela, e o padre Zezinho, da Paróquia Sagrado
Coração de Jesus”, disse Ana Cristina Oliveira, diretora-secretária da Acari.
Da assessoria
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