sexta-feira, 31 de março de 2023

Deputada denuncia trama para anular acordos de leniência na Lava Jato

deputada foi enfática ao afirmar: “Não podemos e não vamos concordar com isso” Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

Partidos de esquerda foram ao STF para empresas não pagarem R$8 bilhões

Do - Diário do Poder - A deputada federal Rosangela Moro (União Brasil-SP) questionou nesta quinta-feira (30) ação que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) que busca anular multas por acordo de leniência de empresas condenadas pela operação Lava Jato.

Na tribuna da Câmara dos Deputados, Rosangela destacou que partidos de esquerda entraram com ação no STF para suspender pagamentos de acordos de leniência que somam R$ 8 bilhões. 

“Nem as empresas condenadas estão adotando medidas judiciais para não pagar as multas que devem e a esquerda está advogando para as empresas devedoras da Justiça. Por que a esquerda faz isso? Por que estão abrindo mão desse recurso”.

A ação a que a deputada se refere é uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) do PSOL, PCdoB e Solidariedade. As legendas defendem que sejam suspensos todos os pagamentos de acordos de leniências firmados antes de agosto de 2020.

Estariam incluídos os acordos feitos por empreiteiras do cartel investigado pela Operação Lava Jato: Odebrecht, OAS, Andrade Gutierrez, UTC e Camargo Corrêa.

Entretanto, as empresas confessaram ter formado cartel para fraudar contratos da Petrobras e outras estatais, além de terem confessado pagar propina a agentes públicos e políticos. 

Os acordos das cinco principais companhias somam R$ 8,1 bilhões. Segundo a  Controladoria-Geral da União (CGU), pouco mais de R$ 1 bilhão foi quitado até hoje. 

“A esquerda final sabe pegar dinheiro da iniciativa privada, onerar ainda mais quem produz riqueza neste país, prejudicar o agronegócio quando manda representante falando mal do nosso agro e dificultando nossa relações comerciais, ou seja, está mandando nosso suado dinheiro para o ralo. Por que fazem isso então? Porque são empresas que esse partido [PT] manteve relações espúrias, como a Lava Jato mostrou”, ressaltou a deputada. 

A deputada foi enfática ao afirmar: “Não podemos e não vamos concordar com isso”

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