domingo, 26 de março de 2023

FAZENDEIROS DA BAHIA SE ORGANIZAM EM DEFESA DE SUAS PROPRIEDADES



Os fazendeiros do estado da Bahia se organizam contra ‘Abril Vermelho’ que está sendo organizado através do  do MST, que neste estado tem padrinhos fortes, dessas ações antidemocráticas  e que vão de encontro à Constituição Federal


Para isso, os fazendeiros pacificamente estão organizando seu Grupo, até o momento com 800 proprietários de terra, e tem apoio de sindicatos rurais e prefeituras, com a Polícia Militar ainda não se posicionando. Mas boatos, informam que a instituição, fará vistas grossas aos fazendeiros.. Como todos sabem o governo da Bahia pertence ao PT, que tem fortes raízes, com os movimentos tos "sem terra", até mesmo um deputado federal.
O grupo dos fazendeiros em defesa de suas terras, para monitorar a ação ilícita do MST, está sendo  dividido em vários núcleos nas regiões do Estado. 
Veja mais detalhes e informações da Revista do Oeste.

Preocupados com a inércia do governo Lula e do governo da Bahia de Jerônimo Rodrigues (PT) em conter as invasões de propriedades rurais, fazendeiros baianos estão se organizando, com apoio de prefeituras e de entidades de classe, para enfrentar o “Abril Vermelho”.

Nesse mês, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) costuma invadir propriedades para pressionar por reforma agrária. Em fevereiro, a Suzano, multinacional de celulose, teve três áreas invadidas na Bahia. De acordo com o Incra, neste ano foram 16 invasões de terra no país, sendo 10 na Bahia, mas como a comunicação não é obrigatória, o número pode ser maior.

Um dos organizadores do movimento de resistência é o fazendeiro Luis Uaquim, que produz cacau e cria gado em Ilhéus. Entrevistado pela CNN Brasil, ele disse que “o movimento é uma reação ao governo Lula”. “A mudança de governo na esfera federal trouxe de volta uma política — apoiada pelo PT — das invasões de terra”, declarou o fazendeiro. E acrescentou: “Isso acaba sendo pior na Bahia porque o PT governa o Estado há 16 anos, então, o MST encontra aqui solo fértil para invadir.”

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Segundo ele, os fazendeiros vão ficar vigilantes para evitar a entrada do MST nas propriedades da Bahia. “O dia 1º de abril é chave. O MST chama de Abril Vermelho porque gostam de deflagrar invasões. Faremos vigília. No governo passado eles [MST] pararam porque o governo não deixava. Então, estamos nos organizando e esse movimento está ganhando corpo e dimensão nunca antes vista. É uma bomba pronta para explodir porque pode haver conflito na hora de retirar os invasores”, afirmou o Uaquim.

Em todo o governo de Jair Bolsonaro, segundo o Incra, foram 24 invasões em propriedades rurais. Já nos dois governos de Lula, mais de 2 mil.

Segundo a declaração de Uaquim à CNN, os ruralistas não vão fazer confronto armado. “O grupo é muito claro. Não pode ter arma de fogo. A gente aposta na pressão. Se eles entrarem na fazenda com cem pessoas, nós apertamos o botão do grupo e vamos para lá com mil pessoas.”

De acordo com a emissora, mais de 800 fazendeiros de 130 dos 417 municípios baianos já fazem parte do grupo. Os núcleos estão nas cidades de Itabuna, Jiquiriçá, Ipiaú e Itapetinga (centro-sul do Estado), Eunápolis (sul) e Santo Antonio de Jesus (Região Metropolitana de Salvador).

O movimento de resistência às invasões surgiu na cidade de Santa Luzia (na região de Itabuna), onde um pequeno grupo de fazendeiros conseguiu impedir a invasão dos sem-terra. Desde então, o movimento cresceu e associações e sindicatos rurais têm servido de base para reuniões.

O Sindicato rural de Gandu, por exemplo, marcou para 29 de março uma reunião para discutir invasões de terra. Algumas prefeituras também estão se aliando aos fazendeiros. O prefeito de Andaraí, presidente do Consórcio Chapada Forte, integrado por 20 municípios do centro-sul baiano, divulgou nota na terça-feira 21, afirmando que o consórcio “discorda veementemente de qualquer ato de invasão ou ocupação” de propriedades.

“O Consórcio Chapada Forte vem a público declarar que é a favor da Reforma Agrária nos termos da Lei, contudo entende ser a desapropriação o caminho correto, e, por este motivo, discorda veemente de qualquer ato de invasão ou ocupação por tratar-se de ação que fere garantia constitucional, o direito de propriedade, e gera insegurança jurídica”, afirma a nota.

Por isso, considera “imprescindível que sejam dadas respostas imediatas para desmobilizar invasões ou ocupações” e, num tom apaziguador, diz que “reconhecemos que o governo estadual e federal têm envidado esforços no sentido de buscar soluções por meio do diálogo harmonioso com lideranças de todas as classes produtivas e movimentos”.

O governo Lula não condena as invasões. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, defende o diálogo com o MST e celeridade na reforma agrária.

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