Não sou daqueles que se conformam com a impunidade e nem se cala diante das injustiças e impunidade. Por isso não perco oportunidade de manifestar minha indignação contra o crime da vassoura de bruxa, que atingiu 600 mil hectares da lavoura cacaueira em 93 municípios sulbaianos, prejudicando diretamente três milhões de pessoas e proporcionando uma legião de 250 mil desempregados, além de uma divida de quase R$ 1 bilhão, a maior parte da qual, contraída para combater a praga, a partir de orientações da Ceplac. Isto me fez hoje ir à Ceplac, manifestar meu protesto contra a crueldade a que submeteram nosso povo e nossa região. E fiz isso durante a fala do pústula do “deputado” Geraldo Simões, exibindo minha mensagem de de que “o crime da vassoura de bruxa não pode permanecer impune”! O referido político ficha suja, acusado de mascate de emendas parlamentares e considerado onrecordista de condenações por atos de corrupção no interior da Bahia, retirou-se do evento logo após meu protesto. O fato é que, com a mais absoluta convicção, este crime foi cometido com a participação e cumplicidade de funcionários da Ceplac. Para a completa elucidação do fato restaria determinar, com precisão, quais dentre aqueles funcionários públicos teriam reunido, na época, três elementos motivadores: o MOTIVO, a posse do INSTRUMENTO e a OPORTUNIDADE para fazê-lo. Quem na Ceplac tinha motivos (além daquele apontado pelo Timóteo) para cometer o crime? Quem fez viagens para Rondônia no período que antecedeu o surgimento da doença na Bahia? Se nada disso é esclarecido, não há como afastar a suspeita de sobre aqueles que Timóteo denunciou. Era preciso investigação, inclusive para - se fosse o caso – provar a eventual inocência dos acusados. A Constituição Federal prescreve para o Serviço Público, por outro lado, os princípios da MORALIDADE e da IMPESSOALIDADE, princípios estes que foram solenemente afrontados pelo Governo ao nomear os principais suspeitos do crime para os mais importantes cargos de direção na Ceplac, exatamente a Instituição onde a o cometimento do crime poderia ser apurado! Técnicos e servidores subalternos sentiram-se intimidados e estabeleceu-se a oportunidade para destruição das provas documentais do crime. Ficou, enfim, demonstrado que não se queria elucidar o crime! Todo este enredo intimidou pessoas e deixou outras tantas quietas e acomodadas. Não é este o meu caso!