domingo, 2 de maio de 2021

Juíza de Violência Doméstica absolve ex-ministro do TSE de ‘agressão’ a ex-mulher

Admar Gonzaga foi inocentado após um penoso processo desde as alegações, em 2017



Do - diário do Poder - A juíza Jorgina de Oliveira Carneiro e Silva Rosa, titular da 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra Mulher de Brasília, absolveu o ex-ministro do TSE Admar Gonzaga da acusação de suposta agressão à ex-mulher Elida Souza Matos.

A sentença destaca que apesar da credibilidade sempre atribuída ao depoimento da vítima, em casos de violência doméstica, não foi possível comprovar minimamente os relatos da suposta vítima sobre o que aconteceu na madrugada de 23 de junho de 2017 na residência do casal.

O caso provocou um grande desgaste na imagem do advogado, um dos mais requisitados de Brasília, custando-lhe a recondução ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O então ministro do TSE procurou o ministro Marco Aurélio, na época vice-decano do Supremo Tribunal Federal (STF), para comunicar o seu desejo de que a Corte não encaminhasse seu nome à presidência da República para recondução ao cargo, em razão do seu profundo respeito pelo Supremo e o TSE. Ele não fez a solicitação ao decano da época, mInistro Celso de Mello, porque era ele o relator do caso no STF.

Apesar do gesto, muito elogiado pelos ministros do STF e do TSE, alguns veículos de comunicação divulgaram a mentira de que Admar Gonzaga teria sido “pressionado” a renunciar à recondução.

Acusação insustentável

As vias de fato teriam ocorrido na residência do casal, em Brasília, logo após retornarem de um evento social em casa de amigos.

A versão da ex-mulher de Admar Gonzaga começou a se desconstruir em razão de diversas incongruências, inclusive ao apresentar versões diferentes à polícia e à Justiça.

Um dos detalhes importantes do caso foi o depoimento dos amigos que deram carona ao casal, testemunhando que Elida, muito embriagada, era quem tinha atitude muito agressiva durante o percurso, insultando o ex-marido.

Mentira para garantir pensão

Uma das testemunhas importantes foi uma jornalista do Correio Braziliense, a quem Elida confessou haver solicitado medida protetiva seis meses após os fatos porque, segundo ela, essa foi a orientação da sua defesa, como forma de tentar garantir uma pensão mensal. Ela pleiteava pensão no valor de R$10 mil.

A jornalista, que era amiga do casal, disse em juízo que não presenciou os fatos alegados, relatando que a visão que tinha dos dois era que formavam um casal amoroso, que se tratavam muito bem e que Élida nunca fez relato de qualquer violência doméstica.

Disse que entrou em contato com Élida, por telefone, para saber o que de fato ocorrera, mas a amiga disse que já estava no carro com Admar, voltando para casa, e depois conversariam.

A jornalista contou que depois desse contato viu Elida e Admar unidos, e que o casal tinha viajado junto. Contou que jantou na nova residência de Elida, após a separação, e depois foi surpreendida com uma manchete informando que a amiga tinha solicitado “medida protetiva” à Justiça.

A mesma jornalista ligou para saber de Elida se a medida protetiva requerida decorria de ameaças de Admar Gonzaga, mas a amiga negou ameaças. Disse que solicitiou a medida “por orientação jurídica para receber pensão”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seja responsável

Mais de 80% das pastagens do Sul da Bahia podem ser convertidas em Sistemas Agroflorestais com cacau

Valderico Júnior participa da festa do Padroeiro de Ilhéus

Nos festejos de São Jorge, Valderico foi bastante cumprimentado Hoje o pré candidato a prefeito de Ilhéus Valderico Júnior, esteve presente ...