quarta-feira, 7 de junho de 2017

Técnicos defendem investimentos em planejamento e em cidades inteligentes



O foco das palestras na oficina de planejamento sustentável, que reuniu no auditório da Unime representantes do governo municipal, da comunidade acadêmica e da sociedade organizada, foi à importância do planejamento e a construção de cidades inteligentes. Marcelo Oliveira que falou sobre planejamento e urbanização acelerada, um problema global e que hoje afeta Itabuna, defende um modelo de desenvolvimento sustentável.

Ele destacou que a década de 1980 marcou uma mudança significativa na dinâmica demográfica da cidade de Itabuna, uma vez que até este período a cidade apresentava saldos migratórios negativos, ou seja, o movimento de saída de pessoas ultrapassava o movimento de entrada, “a partir desta década esta situação se inverteu, a cidade passou a receber mais migrantes e até o ano 2000, ou seja, num espaço de 20 anos, houve um crescente incremento populacional”. Com base nos dados dos censos demográficos do IBGE, informou que entre 1970 e 1991 a população de Itabuna teve um incremento relativo de 64,37%, um aumento de 72.556 mil habitantes.


Ele destaca que hoje a cidade tem uma população de mais de 220 mil habitantes, dos quais 93% vivendo na área urbana, com um dos maiores índices de urbanização do país. Oliveira também observa que a tendência do crescimento de Itabuna é irreversível e contínuo, exigindo do poder público investimentos em obras, infraestrutura e serviços nas mais diversas áreas a exemplo de educação, saúde e segurança.

Marcelo Oliveira, que é sobrinho do prefeito Fernando Gomes e atua na área de planejamento urbano no governo do Espírito Santo, considera que as cidades apresentam de um modo geral um processo de construção permanente e continuado. O problema é que muitas vezes “os pequenos interesses muitas vezes dificultam as boas políticas de urbanização”.

Ele destaca que o maior patrimônio de uma cidade são as pessoas e a melhor proposta de planejamento está na profissionalização da gestão pública visando à construção de cidades mais humanas, com equipamentos urbanos adequados e infraestrutura com a oferta de serviços essenciais para a população.

Cidades inteligentes
André Gomide, da rede de cidades inteligentes, que tem o apoio da Frente Nacional Nacional de prefeitos, que hoje reúne 350 cidades no país, defendeu uma ampla mudança na educação para acelerar o desenvolvimento do país, que se prepara para uma quarta onda, a da robótica, nanotecnologia e da biotecnologia. Para ele, o conhecimento é o grande capital do século XXI a partir da construção de uma grande base de dados e informações.

Como especialista em planejamento, ele defende que a proposta de desenvolvimento sustentável seja resultado de um grande pacto social, para que o projeto seja do estado e não apenas de um governo aparecendo como uma grande proposta para o futuro da cidade: “nós temos de pensar em direção ao futuro, o que passa por um novo modelo de educação e de pensar”, complementou depois de fazer uma série de projeções inclusive sobre o fim do trabalho e do emprego.

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