Do - Diário do Poder - O ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque quer “colaborar com a Justiça”. A defesa do réu da Operação Lava Jato protocolou nesta segunda-feira um pedido ao juiz Sergio Moro pedindo para que ele seja ouvido novamente no processo em que é acusado de receber propina do cartel de empreiteiras que atuava na estatal.
A defesa de Duque afirmou que seu cliente quer colaborar com as investigações da Lava Jato “independente de formalização de acordo de colaboração”.
“O ora Peticionante deseja ser reinterrogado, pois deseja colaborar espontaneamente com a Justiça. Ao final o requerente manifesta seu interesse de continuar colaborando com todas as investigações das quais tenha conhecimento de fatos relevantes sobre a Petrobrás”, escreveu o defensor do ex-diretor.
Nas primeiras vezes em que ficou diante de Moro, Duque pediu para ficar calado.
Agora, no entanto, ele está em tratativas com a Lava Jato para fechar acordo de delação premiada. Ao romper o silêncio, no início do mês passado, o indicado pelo PT ao cargo na Petrobras disse que Lula tinha conhecimento do esquema de propinas na estatal e que comandava tudo. Afirmou ainda que Lula teria dito a ele, num encontro em Congonhas, em julho de 2014, que não poderia ter contas no exterior e que se tivesse algo, deveria destruir.
Em sua delação, Duque deve falar sobre a propina recebida pelo PT em contratos da Sete Brasil, empresa criada para a construção de sondas de exploração de petróleo da estatal.
Duque já foi condenado a 57 anos de cadeia, em diversas ações na Lava Jato.
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