O ferry “Agenor Gordilho” foi para o fundo mar após 40 anos de operação no Sistema Ferrt-boat. |
Do - jornaldamidia.com.br - O ferryboat Agenor Gordilho foi afundado na Baía de Todos-os-Santos na manhã deste sábado, 21, por volta das 12h22. A submersão da embarcação durou cerca de dois minutos, nas imediações do Yacht Clube da Bahia, chegando a uma profundidade de 36 metros.Também foi afundado na baía rebocador Vega.
As duas embarcações submergiram a uma profundidade de 36 metros, em frente ao Yacht Clube da Bahia. A expectativa é de que na próxima semana já sejam realizadas atividades de mergulho no local. O ponto de afundamento fica exatamente a 1,5 quilômetro da costa.
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Esta é a primeira vez que uma embarcação do tipo é afundada de forma proposital e com finalidade turística, como destacou o secretário do Turismo do Estado, Fausto Franco. “Este é um grande marco, pois é a primeira vez na história do Brasil que há um afundamento de um ferry-boat desta magnitude. Nós temos a Baía de Todos-os-Santos, que é esse privilégio, com águas quentes o ano inteiro, dentro da cidade, e que não é explorado na sua intensidade. O turismo subaquático existe no mundo inteiro. Normalmente, as pessoas ficam mais dias na cidade que o de costume, gerando emprego e renda. Nós, que temos tantas diversidades e somos tão privilegiados, agora criamos um outro tentáculo, chancelando essa perspectiva de turismo subaquático”, disse.
Com 71 metros de comprimento e 19 metros de altura, o Agenor Gordilho fez a viagem inaugural no Sistema Ferry Boat no dia 5 de dezembro de 1972. A embarcação realizou a travessia Salvador-Itaparica durante 45 anos, até o fim de 2017. “Hoje é um dia de grande emoção para a Bahia e para nossa família. Vovô era um empresário, um visionário, um homem fantástico. Ele deu nome ao primeiro ferry-boat, que agora está se eternizando no fundo do mar. Meu avô está se eternizando num momento em que estamos alavancando um projeto de turismo no estado da Bahia”, afirmou Claudia Gordilho.
De acordo com a Setur, o naufrágio assistido de embarcações propicia a formação de recifes artificiais, que favorecem o habitat marinho e se convertem em atrativo para visitantes. A expectativa é de que a embarcação esteja repleta de vida marinha em 12 meses.
“Meu sentimento hoje é de profunda alegria, porque estou vendo que a memória do meu avô vai permanecer viva. Apesar de o ferry-boat ser afundado, ele vai ser lembrado, porque vai se constituir em uma atração turística para mergulhadores. Então, até no fundo do mar, ele passará a ser lembrado e ficará para a história”, acrescentou Agenor Gordilho Neto.
Para viabilizar o afundamento, foram feitos estudos prévios de localização e de impactos ambientais. Óleos e combustíveis da embarcação foram removidos para atender às especificações ambientais, assim como peças que oferecessem riscos aos futuros mergulhadores.
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