Novo pede MPF para investigar petista por usurpação da presidência da Conab

 

A Representação traz como provas algumas postagens em redes sociais de Edegar Foto: Facebook

O partido também pede que seja apurada a eventual conivência do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira

Do - Diário do Poder - O Partido Novo pediu ao Ministério Público Federal (MPF) abertura de investigação contra Edegar Pretto para apurar a prática do suposto crime de usurpação de função pública na Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB).

“A atuação do Representado no sentido de atuar, antes de sua hipotética nomeação, como se presidente da Conab fosse, demonstra clara usurpação de função pública. O Representado, conforme provas esmiuçadas na peça, utiliza-se do aparato público para realizar reuniões com particulares e com representantes governamentais, estabelecendo compromissos e atuando em nome da Conab”.

A situação de Pretto no comando da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), com a postura de presidente, foi tema da Coluna Cláudio Humberto no final do mês passado. “Comitiva do governo federal ao RS teve até ‘presidente’ sem posse da Conab”.

Outro pedido do Novo para o MPF é a apuração sobre a eventual conivência em relação a essa situação, do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira.

Para o deputado Marcel Van Hattem (NOVO-RS) é descabida a postura de Pretto. 

“Estar usando de uma função que não é a dele é algo completamente descabido em uma República, onde deve haver transparência sobre quem ocupa os cargos“.

O atual presidente da estatal, o agrônomo Guilherme Ribeiro, ocupa o cargo desde o governo anterior. Para nomear um novo presidente, é necessária a aprovação da indicação pelo conselho de administração da empresa. Para isso, o estatuto do órgão estabelece exigências como pós-graduação em uma área afim ou cinco anos em cargo de chefia em companhia de grande porte. Além de obedecer a Lei das Estatais, que exige que o indicado não pode ter funções de direção em partido ou ter participado de campanhas eleitorais nos últimos três anos.