A tradição se manteve, centenas de pessoas participaram de uma das festas mais antigas de São Desidério, a Pegada do Mastro neste sábado, 07. Os foliões percorreram 06 km para chegarem até a cabeceira da mamona, onde se encontrava os dois mastros. Trata-se de uma árvore com mais de 15 metros de comprimento que serve para hastear as bandeiras do Divino e de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira de São Desidério. O corte do mastro é feito um mês antes, no primeiro sábado de agosto.
A Pegada do Mastro é uma manifestação cultural e religiosa datada há mais de um século e é marcada com muita animação, no qual os participantes se põem a dançar numa roda de samba, ao som de instrumentos rústicos, como tambores e gaitas. A farofa é o prato típico da festa, além de uma churrasqueira improvisada pelos foliões. Todos se divertem, e são relembrados do cuidado com a natureza, onde ao final todo o lixo produzido é recolhido.
É uma festa tradicional, deixada de geração a geração, e muitos já participam há muitos anos, mas sempre têm alguns curiosos que vão pela primeira vez e assumem o gosto e o desejo de sempre voltar. Como afirmou Dermival Correia Borges. "Gostei muito e quero voltar sempre".
Os estouros de fogos no céu anunciavam a chegada dos foliões na cidade, muitas pessoas recepcionaram e acompanharam o cortejo que seguiu pelas principais ruas da cidade e fez algumas paradas para homenagear aqueles que participaram da pegada do mastro, como é o caso de seu João Borola, foi cantado o samba em sua casa para homenageá-lo.
Também teve a tradicional parada em frente à casa de seu Nelson Barbosa, um dos pioneiros da pegada do mastro, e o canto do divino na casa do imperador Cleusmar Gobbi. A folia foi encerrada com uma roda de samba em frente a igreja matriz, onde são deixados os mastros para serem enfeitados para as missas de Nossa Senhora Aparecida, no dia 19 e do Divino, dia 20.
Por: Adinete Batista-Fotos: Cris Santos e Rodney Martins
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