quarta-feira, 11 de setembro de 2013

ARTISTA PLÁSTICO RENART ESCLARECE E PROTESTA SOBRE A IMAGEM DE JORGE AMADO

Estátua em questão
Veja a versão do conceituado artista plástico de Itabuna, Renato Afonso de Souza, nosso conhecido Renart, a respeito  do descaso do busto do escritor  Jorge Amado, criado pelo escultor Lavrud Durval que foi instalado em Ferradas, no Governo de Azevedo e, devido a depredação retirado para restauração e, até hoje, completando oito meses, não retornou ao local. A FICC não diz nada a respeito.
Um povo sem história, não tem cultura e nem tradição.                  


NOTA DE ESCLARECIMENTO
O Concepcionador Plástico  Renart Sousa, tendo em vista as diversas manifestações negativas - baseadas em informações distorcidas, reflexo do desconhecimento  ou ignorância perceptiva  quanto a espécie  do material empregado na execução da escultura representativa da figura do escritor Jorge Amado, instalada no trevo rodoviário do bairro de Ferradas -que apresentadas sob  as matizes manifestas, tentam denegrir a imagem do  executor da obra, o  escultor Lavrud Durval, vem de público esclarecer aspectos pertinentes a matéria, afim de  dirimir as opiniões - a priori por mim relevadas - baseadas nos limites de percepção dos  que se manifestaram.

Historiemos os fatos:
Em meados do ano de 2012, recebi  solicitação da Prefeitura Municipal de Itabuna, através do Secretário Jorge Vasconcelos, para apresentar um projeto de monumento, com o fito de homenagear o escritor Jorge Amado, como parte integrante das comemorações do centenário de seu nascimento; solicitação esta prontamente atendida, quando apresentei em reunião pública o referido projeto, na presença do Prefeito Capitão Azevedo, Secretários Municipais, representantes de Classe e Clubes de Serviços, Imprensa , Artistas , convidados, e o representante do Banco Santander, financiador do Projeto de Recuperação do Sítio Cultural Jorge Amado de Ferradas.

O projeto de monumento fazia-se composto de  uma base monumental com oito metros de altura, simbolizando duas hastes entrecruzadas, a primeira de sustentação, a segunda de projeção espacial, com encravamento em baixo-relevo do título de todas as obras editadas em vida do escritor, sobrepondo-se a esse elemento uma projetante para fixação de sua escultura figurativa,  com 3m de altura, para o desenvolvimento da qual convidei o jovem e talentoso escultor Lavrud Durval, naquele momento apresentado como meu parceiro no desenvolvimento do monumento.

O material eleito para o desenvolvimento da obra seria o concreto armado revestido de granito para a base de sustentação e projetante: e o bronze para a escultura retratando Jorge Amado assim como o revestimento das letras formadoras dos títulos das obras do escritor.

O custo total de concepção e execução custaria  a importância aproximada de R$160.000,00 (cento e sessenta mil reais), com implicantes quanto a sua modalidade de execução a discutir-se entre as partes interessadas.

O acima exposto, representava a intenção original para a concretização do histórico desejo de prestar-se uma homenagem justa e merecida ao mais ilustre e representativo filho da nação Grapiúna, fato , que não se concretizou , como o almejado, em virtude das limitações pecuniárias então vivenciadas, pelas ditas disponibilidades financeiras do município, aspecto redundante da radical mudança na concepção original da obra, salientando-se  o fator referente a localização do monumento definitivo, inviabilizado naquele momento em função da futura transformação do atual trevo da entrada de Ferradas, que deixará de existir como tal, em função de futura duplicação da BR, fato preponderante na decisão de não erigir o monumento  no referido local, optando-se então - em função da imprescindibilidade de se prestar a homenagem no bojo das comemorações do centenário de seu nascimento - por base simplória provisória para colocação da estátua, também modificada em suas intenções executivas, quais sejam no seu aspecto de envergadura, modificada de 3m para 1;70, assim como  na qualificação do material empregado na sua elaboração ,resultante das ditas “ limitações pecuniárias do contratante”, (a fundição em bronze montaria na quantia de R$60.000,00), modificando-se  do bronze para um elemento provisório em resina de fibra plástica, espécie geradora das polêmicas manifestações exacerbadas nas redes sociais e na imprensa em geral; material esse, composto  por dois elementos formativos: a resina e a massa plástica amalgamadas e combinadas, com aplicação de camada interna em gesso-pedra , usado como elemento auxiliar estabilizador da resina, cuja permanência e durabilidade frente aos agentes naturais faculta-se ultrapassar 500 anos, se mantida sua integridade física  livre da ação predatória encetada pelo baixo discernimento de alguns animais que pouco exercitam sua inerente racionalidade. Eis porquanto colocada a real situação dos fatos, catalisados pela ação de vândalos, que ora fazem-se vivenciados pelo já ementário de opiniões dos que ousaram externar-se sem o embasamento do conhecimento da espécie: a resina plástica é porquanto um material de características permanentes, exemplificados em vasta gama de trabalhos artísticos desenvolvidos com a mesma: mural de minha autoria, simbolizando os esportes olímpicos , na Vila Olímpica de Itabuna, com camada milimétrica de resina revestido internamente por manta de fibra, assinado em 1980, portanto 33 anos de integridade física mantidas  a salvo, dentro dos domínios da Vila, de atos de vandalismo:  Outros tantos ,de artistas de comprovada e indiscutível  consagração pública, como Osmundo Teixeira, e Paulo Cardoso, no escritório local, e na sede da Ceplac; de Mario Cravo ,exaltando os veleiros, na Cidade Baixa, em salvador; de Richard Wagner, monumento ao Centenário de Itabuna, etc. Vale-se aqui ressaltar que o vandalismo predador de monumentos, não é um problema local, mais mundial, como estampado frequentemente pela mídia...

Cumpre-se também esclarecer os aspectos de bastidores, que redundaram na não colocação da placa original em bronze, devidamente executada no tempo hábil para a inauguração,(ora ainda em minha posse), impedida de última hora de ser colocada, por não constar em seu contexto, o nome do vice-prefeito,(erro grasso do cerimonial ou assessoria jurídica do candidato) que seria o agente oficial do descerramento da referida placa, devido ao impedimento  do prefeito de participar de solenidades que tivessem conotação de propaganda eleitoral,  obedecendo   razões da Justiça Eleitoral, fato este que implicou na fixação de um modelo provisório, constando o nome do vice-prefeito, desenvolvido  em fibra acrílica sob base de Duratex, para posteriormente ser fundida, o que não aconteceu por desinteresse do executivo em arcar com a refundição complementada ,da placa original

Quanto a cantada  e dita imerecida quantia de R$20.000,00, que auferimos em função dos resultados obtidos pelos desfechos conclusivos da obra, pela catilinária ofensiva das opiniões emitidas contra Lavrud, resalto para os incautos e mal informados, sobre o real valor de uma obra de arte:  o que recebemos, eu e Lavrud , nada mais foi que um dízimo de nosso merecimento.

De aqui fica, aos vândalos nosso inútil inconformismo quanto a bestial manifestação de suas ações, pois bem  sei que continuarão a assim agir infinitamente...;  aos que emitiram opiniões sem a consciência crítica do conhecimento da espécie, a relevância de nosso discernimento, conquanto é sábio perdoar e relevar; a FICC -  que através dos limites das ações de seus dirigentes, que há aproximados duzentos e quarenta dias, repousam em berço esplendido de uma injustificável inércia operacional de pleno relegar, caracterizada pela visível impotência e incapacidade de reagir frente a uma situação passível de pleno  equacionamento -  faz-se a real catalisadora do desfecho da situação de ostracismo, ora vivenciada  pela nossa obra, e que posando de vestal, ao imputar todos os males do mundo aos limites da administração passada - que ao menos fica na história com o mérito de ter encetado a iniciativa e ação de realizar esse monumento -  em verdade deveria agir de forma antagônica ao que tão veementemente condena, optando pelos caminhos da racionalidade, devolvendo a estátua de nosso Grande Jorge, já definitiva em bronze, como originalmente almejado , ao seu lugar inaugural, amputando opiniões descabidas, de seu encarceramento  em qualquer outro espaço e concomitantemente, esperamos, com confiança nas diretrizes que norteiam os destinos da esperançosa administração do Prefeito Vane, que seguramente não pactua das mesmas “limitações pecuniárias” , da administração pretérita, quanto as ações culturais.

De nossa parte, a plena voluntariedade para encetarmos juntos,   a restauração do modelo provisório da obra, e sua consequente fundição definitiva em bronze,pondo a prova, no porvir, às reais intenções da FICC, e quem sabe, assim realizarmos um monumento , a altura do homenageado, na plenitude de sua concepção.
 Temos dito, Renart & Lavrud





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