segunda-feira, 4 de setembro de 2023

Neto critica taxas de juros dos bancos no Brasil

Em discurso na Câmara, o deputado federal Neto Carletto (PP) trouxe à tona a crescente preocupação em relação às altas taxas de juros praticadas pelos bancos no Brasil. Segundo o parlamentar, isso é motivo de indignação e protestos. "Precisamos tomar providências urgentes para proteger a população dos abusos praticados pelo sistema financeiro. O acesso a linhas de crédito no Brasil é escasso e muito caro. Os juros praticados pelos bancos não condizem com o momento que vivemos, de inflação sob controle, de desemprego em queda e de aumento do otimismo dos mais variados setores econômicos", pontuou.


De acordo com Neto, com base em dados divulgados pelo Banco Central, a Caixa Econômica Federal tem cobrado juros de 38,5% e o Banco do Brasil, de 44,8% ao ano, em média, das empresas que buscam empréstimos para capital de giro."Para as pessoas físicas, a taxa de juros média do BB nos empréstimos para aquisição de bens que não sejam veículos e imóveis é de 33,15%. Isso é um absurdo! E há situações ainda piores em outras instituições financeiras. A lista divulgada pelo Banco Central na internet é estarrecedora. Não estou nem falando das taxas cobradas nos cartões de crédito e nos cheques especiais. Essas são ainda mais ultrajantes. Como o pequeno empreendedor vai se sentir estimulado a investir no seu negócio se ele não tiver acesso a contratos que possam ser cumpridos? As dívidas vão se tornando impagáveis, a economia não prospera e o País deixa de gerar riquezas", explicou. 


Ainda em seu pronunciamento o progressista reforçou ser necessário que os bancos se desvencilhem das barreiras de contenção dos tempos de crise e se engajem no movimento de retomada do crescimento. "A queda dos juros é inadiável. Tanto o Banco Central, em relação à taxa Selic, quanto às instituições financeiras que oferecem crédito no mercado deveriam tratar de reduzir os juros praticados e ampliar o acesso ao crédito. Cabe também ao governo iniciativas nesse sentido, lançando políticas responsáveis de estímulo a linhas de financiamento, especialmente para as pequenas empresas e empreendedores individuais. Nós, membros deste Congresso Nacional, temos o dever de fiscalizar o Banco Central, para que sua atuação esteja em consonância com a lei que estabelece a sua autonomia. As decisões do BC devem ser voltadas para a geração de empregos, para mitigar flutuações danosas da atividade econômica e para tornar o sistema financeiro mais eficiente. Para que esses objetivos sejam alcançados, é indesejável, no momento, qualquer iniciativa ou omissão que prolongue o atual cenário de juros alto", frisou o deputado. 


Neto Carletto enfatiza que se o motor da economia está aquecido todos ganham. "As empresas contratam mais e pagam salários melhores; a renda das famílias cresce; o Estado arrecada mais e pode ampliar os investimentos que redundam em melhorias na infraestrutura e no bem-estar dos cidadãos. Temos, nesta Casa, avançado nas reformas estruturantes, como a tributária e a do arcabouço fiscal. Mas é preciso que haja também comprometimento do Banco Central e de todo o setor financeiro para que a prosperidade que buscamos seja duradoura e efetiva.


FAscom do deputado

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seja responsável

Mais de 80% das pastagens do Sul da Bahia podem ser convertidas em Sistemas Agroflorestais com cacau

Editora da Uesc abre seleção de originais livros para publicação

Oportunidade para editoração sem custos para os escritores A Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), por meio da Editus, editora univers...