O senador Jaques Wagner (PT-BA), um dos coordenadores da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência da República, se tornou réu na Justiça Estadual da Bahia por corrupção passiva. O inquérito foi movido pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) em uma ação derivada da Operação Lava Jato. A ação foi aceita no mês de junho, mas só veio a público nesta semana.
De acordo com o MP, em 2014 o senador, que na época dos fatos exercia o mandato de governador da Bahia, teria aceitado uma vantagem indevida de R$ 30 milhões da Construtora Norberto Odebrecht em troca da viabilização de um acordo para extinguir uma antiga dívida da Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (Cerb) com a Odebrecht, referente à construção da Adutora do Sisal, em 1986. Os demais denunciados no inquérito são quatro empresários.
Em nota, a defesa do senador Jaques Wagner enfatiza que a ação é um fato requentado, com base em procedimento que tramita há oito anos sem que nenhuma prova tenha sido apresentada. O senador diz ainda estranhar que voltem a utilizar a mesma tática contra ele, novamente as vésperas de uma eleição, assim como planejaram em 2018.
"Na ocasião, segundo as mensagens reveladas pela Vaza Jato, procuradores planejavam uma ação contra o ex-governador da Bahia “por questão simbólica”. A farsa da Lava Jato já foi desmascarada. Assim como esse tipo de espetáculo em torno de processos antigos e sem provas para tentar interferir na agenda política do país", diz o comunicado do senador
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