A fruticultura,
especificamente a graviola, é uma realidade como alternativa no sul da Bahia,
aumentando a renda dos agricultores, que antes só tinha o cacau como aporte econômico.
A afirmação é do pesquisador da CEPLAC, Gilberto Fraife Filho, membro da
Comissão Organizadora do I Simpósio Baiano da Graviola, que acontecerá em
Ipiaú, nesta quinta-feira, dia 26. Engenheiro agrônomo, mestre em Fruticultura
Tropical-Produção e Manejo, ele diz que são as melhores possíveis às
expectativas para a realização do encontro, no qual agricultores e empresários terão
a oportunidade de discutir o principal gargalo, que é a estruturação da
comercialização da cadeia produtiva da graviola. Nesta entrevista, Fraife fala
sobre o trabalho de apoio a fruticultura no Vale do Rio de Contas, desenvolvido
pela CEPLAC, por meio da Assistência Técnica e Extensão Rural, com a realização
de cursos de capacitação de cultivos; pesquisas na área de manejo da graviola,
orientação e recomendação de tecnologias de produção, visando aumento de
produtividade e qualidade dos frutos.
Como o senhor vê a realização do I Simpósio Baiano da Graviola?
Gilberto Fraife Filho – Esse simpósio baiano
acontece num grande momento da fruticultura do Estado, congregando
agricultores, empresários e autoridades. O simpósio tem o objetivo de colocar
em discussão os principais problemas da cadeia produtiva da graviola. É um
encontro dos mais importantes, porque busca o fortalecimento e a organização de
toda a cadeia produtiva dessa fruteira, que já assume um papel de grande
importância econômica na região do Sul da Bahia.
Qual é o estágio atual da fruticultura regional?
Gilberto Fraife Filho – O sul da Bahia é uma região
que possui cerca de 1.200 hectares só de graviola e mais de cinco mil hectares
ocupadas com outras fruteiras, a exemplo do cupuaçu, banana, acerola e
maracujá. A fruticultura, mais especificamente a graviola, já é uma realidade
como alternativa econômica regional, aumentando a renda dos produtores que
antes só tinha o cacau como aporte econômico.
Quais as expectativas em relação ao simpósio?
Gilberto Fraife Filho – As expectativas são as
melhores possíveis. O Simpósio da Graviola irá reunir técnicos, pesquisadores,
empresários, produtores e lideranças políticas e surge como uma excelente
oportunidade na busca de soluções que afligem a cadeia produtiva. É uma grande
oportunidade para agricultores e empresários do setor, que terão a oportunidade
de discutir o principal gargalo, que é a estruturação da comercialização da
cadeia produtiva da graviola.
Quais
os resultados do trabalho realizado pela CEPLAC em apoio à fruticultura no Vale
do Rio de Contas, em especial ao cultivo da graviola?
Gilberto Fraife Filho – A CEPLAC vem fortemente
apoiando a fruticultura regional, através de Assistência Técnica e Extensão
Rural, em convênios com Sindicatos Rurais do Vale do Rio de Contas; com o
Senar, por meio de cursos de capacitação no cultivo de fruteiras e em especial
a graviola. A CEPLAC também vem realizando pesquisas na área de Manejo da
Graviola, indicação de variedades comerciais e adaptadas à região, orientação e
recomendação de tecnologias de produção, visando aumento de produtividade e
qualidade dos frutos.
Como o senhor vê o futuro da graviola na Bahia, principalmente no Vale
do Rio de Contas?
Gilberto Fraife Filho – As perspectivas para o cultivo da
graviola são boas e os produtores estão aceitando a diversificação de cultivos
como uma maneira de fortalecer a cacauicultura, ao contrário do que ocorria em
tempos atrás, onde os produtores só acreditavam na economia do cacau. A minha
expectativa para o futuro é bastante otimista. Entretanto, urge a necessidade
de um maior estímulo, um fortalecimento significativo à cadeia produtiva,
sobretudo no item comercialização. É preciso que se realize um trabalho
profissional de marketing, divulgando a graviola como fruta saborosa e de
de alto valor nutricional, como alimento funcional na prevenção da saúde e na cura
de algumas doenças, conforme dados encontrados na Literatura cientifica.
Precisamos também discutir colocar um plano de aumento do consumo e,
principalmente, discutir a ampliação de novos mercados consumidores.
Por - Ederivaldo Benedito
Assessoria de Comunicação do I Simpósio Baiano de Graviola
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