E d i t o r i a l :
Mais dois milhões para o Itabunão
Pesquisando para lançar um livro sobre a história da Associação
Comercial de Itabuna (ACI), em 2015, nos arquivos dos jornais da região, principalmente
Itabuna, do início do século XlX, na UESC, descobrimos no jornal “A Voz de
Itabuna” editado por Miguel Moreira, que o primeiro time amador de Itabuna, foi
fundado e registrado em 1917 sob a denominação do “Rio Branco”.Foto: arquivo
Em seguida, vieram os demais do nosso futebol amador - entre
eles -, Janizáro, Flamengo, Fluminense, Botafogo, América, Corinthians e
outros, que formaram o maior elenco do futebol amador do Estado; a nossa “Seleção
Amadora”, hexacampeã baiana, que encantavam com um belo futebol às tardes de
domingos, na Velha Desportiva Itabunense, de Orlando Cardoso, Lima Gallo,
Rodrigo (com seu grito!), Geraldo Santos, Nilson Rocha, Magnobaldo Ribeiro, Edson
Almeida, Yedo Torres Nogueira... e muitos outros.
Nessa história gloriosa do futebol itabunense, surge o primeiro
elenco profissional, com o “Itabuna Esporte Clube” (O time de fé), que chegou a
representar Itabuna, nas séries “B” e “C”, do Brasileirão, nos anos 80, na
época áurea do nosso futebol, quando deram início a construção do Luís Viana
Filho; O Itabunão, o que seria o maior estádio do Norte/Nordeste, hoje arena.
Tudo parecia ser realidade, quando sua “Market” foi exposta na
Avenida do Cinquentenário em 1965, através das vidraças de uma das suas mais
renomadas lojas, a Rosemblait/Milissan, o mesmo ano, em que o governo do estado
autorizaria a obra da grande praça esportiva de Itabuna; um sonho para o nosso
futebol pujante, promissor e envolvente.
Inaugurado, em parte, em 1973, com um quadrangular formado
pelos times do: Cruzeiro MG/ x Bahia e Vitória x Itabuna, sangrando-se campeão
a equipe de Minas. Isso com quarenta por cento de sua obra acabada, com um público
de cerca de 25 mil pessoas. Pois sua capacidade ficou estimada para 15 mil
torcedores.
De lá para cá, a praça esportiva passou para o município, que
não deu continuado a obra original, daquele que seria o maior estádio do
Norte/Nordeste. Só obras paliativas, o que não resolveu nada! E mais uma vez vai
acontecer agora, com a liberação de dois milhões de reais, através do município.
É uma bela soma mais não vai, mais uma
vez, resolver o problema.
Com isso, de lá para cá, já vão 56 anos de sua construção
inacabada, e não aparece de fato um prefeito que queria terminar aquela obra,
uma das maiores do município e de grande utilidade para o nosso futebol. Enfim,
uma grande praça para os nossos times; os nossos jovens. E que também sofre com
invasões de sua área para a implantação oficinas, depósitos e outros.
Hoje teria que ser refeito o seu projeto, pois seus
corredores e tuneis já estão obsolete e não acompanha mais a evolução da
tecnologia automotora, ou seja, não tem espaço para que um ônibus da tecnologia
de hoje tenha acesso aos seus corredores, completamente ultrapassados.
Vamos deixar de paliativos e terminar de verdade a construção
do nosso estádio Luiz Viana Filho (Itabunão), com a mesma proporção do amor do
itabunense pelo futebol, que ainda estar vivo e pede o seu espaço.
É como diz, o artista plástico, professor, cantor e
compositor internacional, Carlos Santal, em sua música: (...) Domingo, praia de
Sol, Itabunão e futebol(...). Tenho
dito!
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