Fernando |
O futebol de Itabuna está de luto, morreu nesta quarta-feira, 22, o
segundo irmão dos “Irmãos Rielas”, Fernando Riela, considerado um dos melhores
ponteiros esquerdo da Bahia. Do futebol amador de Itabuna, passando por vários
times da cidade, atuou também como profissional no Itabuna Esporte Clube e no
futebol Ilheense.
Primeiro morreu leto, que era um excelente lateral esquerdo. Dos quatro
agora só restam Lua e Carlos Riela. Fernando foi o melhor ponta esquerda dos
anos 60, “quem viu Fernando Riella em campo, se encantou com sua habilidade e
seus dribles desconcertantes” diz Marcos Soares.
"O primeiro gol de bicicleta que vi foi de Fernando, na Velha Desportiva Itabunense na area de fundo do campo, Me lembro como se fosse hoje. Gol que foi anulado pelo juiz, que alegou "jogo perigoso dentro da área" mas para todos mundo o gol foi legítimo. uma pintura de gol", diz Joselito dos Reis, que na época pulava o muro da Desportiva para ver os nossos crques,
Fernando, ídolo do nosso futebol, ainda passou pela seleção de Itabuna
9hexa campeã do estado), Fluminense, Flamengo, Janizáro, equipes amadoras do
futebol Itabunense e teve passagem, também, pelo futebol de Ilhéus,
Fernando Riella, assim como seu irmão Leto Riela, partiu e vai deixar muitas
saudades. Aqui, neste plano, ele fez sua obrigação e, que seja recebido por
Deus, no seu Reino de Luz.
Ainda nã temos maiores detalhes sobre a sua causa mortis. Vamos aguardar.
Do poeta Cyro de Mattos: "Os Irmãos Riela" [Cyro de Mattos]
Posted on 12/04/2018
O futebol de Itabuna, digno de seu passado amador brilhante, quando era vencedor, dava orgulho à cidade. Agora se tornara em grande frustração, abatia o torcedor que gostaria de comparecer ao estádio para torcer com entusiasmo pelo seu time do coração. A frustração que esse torcedor carrega dentro dele hoje força que acenda o coração no sentimento da saudade. Lembre-se do tempo em que esse futebol amador foi pródigo em oferecer partidas memoráveis, portadoras da verdade como reflexo da vida, dizendo que nela existe a alegria dos que vencem, a tristeza dos que perdem, conformismo ou não dos que empatam em cada batalha.
Os quatro irmãos Riela formaram um capítulo à parte nas partidas disputadas no Campo da Desportiva. Eram conhecidos como os quatro mosqueteiros do rei, pois constante era o sentimento de união entre eles no relacionamento com a vida. Fernando, Carlos, Leto e Lua eram inseparáveis. A separação somente acontecia quando ima defender as cores de seu clube. Carlos e Fernando jogaram no Fluminense, Leto no Flamengo e Lua no Janízaros. Quando se enfrentavam, o sentimento de irmandade ficava de lado, cada um dava o melhor para defender o seu time. Os quatro eram jogadores dotados de recursos técnicos invejáveis. Cada um com a sua característica na intimidade com a bola.
Fizeram história no Campo da Desportiva. Fernando como um ponta-esquerda que driblava numa velocidade espantosa, deixava o marcador para trás, batido pelo chão, e o torcedor incrédulo ante a investida impetuosa, fundamental na conclusão da jogada perfeita pela beirada dol campo. O meia-direita Carlos tinha boa visão de jogo, não olhava para a bola, de cabeça erguida via o companheiro e o campo para o lançamento preciso. Leto jogou no Flamengo e se sagrou campeão pela seleção de Itabuna, médio-esquerdo implacável na marcação, com uma eficiência exemplar anulava o ponta-direita, que pouco pegava na bola durante os lances acirrados da partida.
Lua, o mais novo, era dos quatro o que mais encantava, ora parecia flutuar em campo na condução da bola, um pássaro que se desvencilhava do obstáculo e no chão voava? Gingava, driblava, enganava, aquele jogador franzino transvestido em um artista que desenhava a jogada como num sonho. Fazia a tabelinha com o companheiro, deslizava, bailarino ou vento ligeiro que fazia o espetáculo pontilhado de riso e gozo?
Os admiradores de Lua não cansavam de dizer que dos irmãos Riela ele era o melhor, o que tinha mais recursos técnicos, o pequeno maior. Jogou no Janízaros e na seleção de Itabuna quando esta começou o declínio para não mais conquistar o Intermunicipal. O seu futebol era de tão boa qualidade que foi aproveitado no time profissional do Itabuna.
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Cyro de Mattos é contista, poeta, cronista e autor de livros para crianças. Membro efetivo da Academia de Letras da Bahia. Doutor Honoris Causa da Universidade Estadual de Santa Cruz. Premiado no Brasil, Portugal, Itália e México. Tem livro publicado em Portugal, Itália, França, Alemanha, Espanha e Dinamarca. Conquistou o Prêmio Internacional de Literatura Maestrale Marengo d’Oro, em Gênova, Itália, com o livro “Cancioneiro do Cacau”, o Afonso Arinos da Academia Brasileira de Letras, com “Os Brabos”, contos, e o APCA com “O Menino Camelô”. Finalista do Jabuti três vezes. Tem livros publicados em Portugal, Itália, França e Alemanha. Distinguido com a Ordem do Mérito da Bahia. Pertence ao Pen Clube do Brasil. Na RUBEM, escreve quinzenalmente às quintas-feiras. ESTE ANÚNCIO
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