segunda-feira, 13 de abril de 2020

Câmara de Itabuna faz sessão online

Sugestão de legenda: Sem público e transmitida pela internet,
sessão presencial deliberou sobre as sessões on-line daqui por
 diante

Vereadores de Itabuna aprovam sessões remotas e buscam soluções durante pandemia

Protegidos por máscaras, luvas e, mesmo sentados distante uns dos outros,
trocando ideias. Foi neste cenário que vereadores itabunenses promoveram uma
sessão extraordinária nesta segunda-feira (13), para decidir sobre a forma como
ocorrerão as sessões e reuniões de Comissões Técnicas durante a epidemia de
coronavírus. No encontro, aprovaram a Resolução nº 02/2020, que autoriza os
trabalhos por meio remoto e se posicionaram sobre o cenário de atendimento aos
casos suspeitos e confirmados da doença Covid-19 na cidade.

Para o presidente da Casa, Ricardo Xavier (Cidadania), os números divulgados
nos últimos dias são de assustar. Mas relatou sobre a busca para não interromper as
atividades. “Nós nos reunimos com a Secretaria Parlamentar, o Jurídico e a
Controladoria, no sentido de encontrar uma solução para dar continuidade aos
trabalhos sem expor os vereadores, servidores e atendendo às recomendações das
autoridades de saúde”, esclareceu.


Ele destacou, também, que os edis poderão trabalhar em seus respectivos
gabinetes, onde serão respeitados os cuidados com a higiene e será admitida a
presença de, no máximo, dois assessores. “É desta forma que estamos dando
condições de trabalho aos vereadores neste momento tão difícil”, acrescentou,
lembrando entre as medidas anteriores a suspensão temporária do funcionamento e a
doação de R$ 150 mil do duodécimo para as ações de combate ao coronavírus.
Importância do planejamento

O vereador Enderson Guinho (Cidadania), integrante da Comissão de
Enfrentamento ao Coronavírus em Itabuna, chamou a atenção para a importância de a
Casa acompanhar detalhadamente o uso de R$ 23 milhões. Conforme decisão judicial,
o município deverá destinar o recurso ao combate à atual pandemia, e não mais a
cirurgias bariátricas. Guinho criticou com veemência as frequentes mudanças de local
para onde serão direcionados os pacientes acometidos pela Covid-19.

Afinal, em poucos dias, houve diferentes decisões apontando os hospitais de
Base, São Lucas e, por fim, Costa do Cacau. “O que falta até o momento é
planejamento. O próprio doutor Eduardo Kowalski disse que pacientes sintomáticos
estão indo para o Hospital de Base, mas ainda não há duas entradas [para separar
este público]”, pontuou ele, que representa a Câmara na Comissão, junto com o colega
Beto Dourado (PSDB).

Charliane Sousa (MDB) frisou que “esse planejamento deve ser urgente”,
referindo-se à falta de coletores para exames de casos suspeitos e à escassez de EPIs
(Equipamentos de Proteção Individual) para os profissionais diretamente ligados ao
serviço de saúde. Numa linha semelhante, edis mencionaram os impactos financeiros já
notados entre a população. Jairo Araújo (PCdoB), por exemplo, falou do
choro de uma catadora de latas, por não ter de onde tirar o sustento. E
destacou a necessidade de a Secretaria de Assistência Social estar
aberta e suprir as carências mais emergenciais.

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