segunda-feira, 21 de julho de 2014

Tentativa do PT de dividir classes é uma coisa perversa, afirma Eliana Calmon

A candidata a senadora Eliana Calmon (PSB) disse que a tentativa do PT de dividir o país em duas classes é perversa. Em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia desta segunda-feira (21), Eliana afirmou também que a tática do PT é perigosa, pois deixa a sociedade, que já está conflituada, ainda mais dividida.

"Eu tenho muita preocupação. A questão de dizer que nos estádios está a elite branca é muito perverso, pois ela é uma contradição. Quer dizer, nós trouxemos a Copa e construímos os estádios para favorecer a elite branca em um governo de inclusão? O discurso nem combina com os princípios do governo petista", destacou.

A ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) não faz mistério das suas opiniões. Na eleição deste ano, se coloca como o “novo” e acredita que a tendência da política brasileira será a mudança da conjuntura e do olhar do eleitor sobre a campanha e os candidatos. Defensora ferrenha do combate à corrupção, a jurista acredita que seu maior desafio será se tornar conhecida da população.

A candidata lembrou que tudo ainda está “um pouco confuso” no cenário político estadual. “O que eu esperava é que todos já estivessem mais organizados e a campanha já tivesse deslanchado. Verifico que há continuidade do que já começou. Na fase da pré-campanha, quem é dirigente de partido ou vai para a reeleição tem uma grande visibilidade, e praticamente não houve diferença: eles continuam com os mesmos holofotes, discursos e etc. A mudança aconteceu para mim. Eu, muito ligada à lei eleitoral, sequer dizia que era candidata. Nas entrevistas e palestra me controlava para não falar em nada de política eleitoral. O meu discurso após o registro, onde pude conversar abertamente, me senti bem melhor”. 

Eliana considera que os outro dois concorrentes ao Senado -- Otto Alencar (PSD) e Geddel Vieira Lima (PMDB) -- são favoritos, pois são bastante conhecidos. "O primeiro, em razão da máquina, e o segundo, em razão de um partido muito forte. Ambos são favoritos. Eu sou a terceira via e a novidade. Então, pela pesquisa divulgada, está exatamente sinalizando para preferência dos dois. Eu ainda tenho um percentual pequeno, mas isso tende a mudar e crescer à medida que eu me tornar conhecida. De forma que esta preferência não significa uma eleição ganha".

Ao falar do apoio de Marina a Eduardo Campos, a candidata lembrou que a união entre os dois causou muitas divergências nos estados pelos apoios regionais, mas isso já foi consolidado e amarrado.

"Marina se entende bem com Eduardo e dá régua e compasso. Campos tem um senso prático maior que Marina, de forma que essa união fez muito bem. A partir de agora, Eduardo começará a crescer, pois a presidente faz campanha há mais de um ano e Aécio tem um partido vascularizado, e essa polarização PT e PSDB já existe faz tempo. Eduardo é a terceira via. Acho que agora vamos conseguir melhorar", explicou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seja responsável

Mais de 80% das pastagens do Sul da Bahia podem ser convertidas em Sistemas Agroflorestais com cacau

União de esforços de segurança em Ilhéus

Autoridades unem esforços para fortalecer segurança no comércio de Ilhéus Parceria entre Polícia Militar, Prefeitura, CDL e Associação Comer...