TEMOS QUE AJUDAR PRODUTOR A MUDAR MATRIZ
GENÉTICA DO CACAU, PROPÕE VILAS-BOAS
O médico e cacauicultor Fábio Vilas-Boas avalia que a mudança da matriz genética é um desafio para o aumento da produtividade da lavoura cacaueira na Bahia. Conforme explicou nesta segunda-feira (1º), em entrevista ao Jornal da Nova, da Nova FM 89.3, emissora de Ipiaú, o agricultor precisa de financiamento para substituir as árvores atuais por mudas de clones resistentes à vassoura-de-bruxa, a exemplo da PH 1319 e da CCN 51.
Segundo Vilas-Boas, também é necessário equacionar as dívidas dos produtores de cacau, para que voltem a ter acesso a crédito. “Isso tudo precisa de assistência técnica, orientação e financiamento, porque a substituição de uma árvore antiga por uma nova demanda em torno de 3 anos de quebra da produção”, acrescentou.
A lavoura cacaueira ocupa 403 mil hectares na Bahia, que colheu 111.439 toneladas de cacau em 2020. No mesmo ano, o Pará, recordista do país, produziu 135.150 toneladas do fruto em 147.222 hectares. Os dados são do Caderno Setorial Etene, publicado neste ano pelo Banco do Nordeste.
SAÚDE PÚBLICA MUDOU TOTALMENTE NA BAHIA
Fábio Vilas-Boas também defendeu o legado da sua gestão à frente da Secretaria da Saúde da Bahia, de 2015 a 2021, com pleno apoio do governador Rui Costa.
“Nós temos um caso de sucesso – a gente pode dizer assim – da mudança total na feição da saúde pública do estado da Bahia nesses sete anos. Nós conseguimos implementar um trabalho de descentralização e regionalização da saúde, levando a alta complexidade para o interior. Construímos 10 hospitais, 25 policlínicas e isso precisa ser levado para outros estados e precisa ser ampliado dentro da Bahia”, argumentou, ao explicar uma das bandeiras da sua pré-candidatura a deputado federal.
A entrevista também abordou o enfrentamento da covid-19. No Brasil, a Bahia tem o segundo menor índice de mortos pela doença a cada 100 mil habitantes, 183.35. Sobre o momento atual da pandemia, Fábio Vilas-Boas disse que é necessário agir de forma cautelosa, pois parte significativa da população ainda não foi completamente imunizada contra o novo coronavírus. ascom
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