Criança, que está em estado grave, teve convulsão e deve precisar de cirurgia
Do – Correio da Bahia - A
dona de casa Eli Machado de Souza, 53 anos, teve a prisão preventiva decretada
pela Justiça, após passar por audiência de custódia nesta quinta (4). Ela
foi presa em flagrante nesta quarta-feira (3), após arremessar o neto de dois meses pela janela do
primeiro andar do prédio onde mora. A criança caiu de uma altura
de aproximadamente seis metros.
De acordo com o juiz Horácio
Moraes Pinheiro, do Núcleo de Prisão em Flagrante, o pedido feito pelo
Ministério Público da Bahia (MP-BA) foi acatado “diante da necessidade de
garantia da ordem pública e a conveniência da instrução criminal”. Ainda segundo o magistrado, após o inquérito policial apontar que a suspeita é portadora de transtornos
mentais, “a matéria deverá ser aferida pelo juízo da causa, não
sendo este momento oportuno para tal análise”.
Horácio também justificou a
conversão da prisão em flagrante em preventiva, dizendo que as alternativas de
privação de liberdade “são insuficientes e inadequadas para impedir novas
lesões à ordem pública”. O juiz ainda afirmou que, neste caso, está demonstrada
a prática do crime e o indício de autoria.
O crime que pode levar à pena
de 20 a 30 anos de prisão.
Bebê
está em estado grave
A tia da criança, Isabela de Souza Tojal, conversou com o CORREIO nesta quinta. De acordo com ela, o estado de saúde do menino, que ainda nem possui certidão de nascimento, é grave.
Ela disse ainda que o
sobrinho sofreu uma convulsão na tarde desta quarta (3), durante a
realização de um procedimento médico, e negou que a criança tenha passado por
cirurgia. “Não foi uma cirurgia. Eles estavam tentando localizar alguma veia,
quando meu sobrinho convulsionou”, afirmou.
Apesar disso, é provável que a
criança precise passar por intervenção cirúrgica.
Ainda segundo ela, a mãe da
criança, Jéssica de Souza Torjal, está bastante abalada. “Minha irmã
não sai do lado dele, mas com fé em Deus, as coisas vão melhorar”, disse.
O bebê permanece internado em estado grave na
Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral do Estado (HGE).
Relembre
o caso
Por volta das 11h desta quarta (3), Eli arremessou o neto pela janela do apartamento onde mora com a filha, mãe da criança, Jéssica. Após a prisão em flagrante e já na delegacia, a empregada doméstica afirmou que se arrependeu do ato.
Por volta das 11h desta quarta (3), Eli arremessou o neto pela janela do apartamento onde mora com a filha, mãe da criança, Jéssica. Após a prisão em flagrante e já na delegacia, a empregada doméstica afirmou que se arrependeu do ato.
A suspeita contou à polícia que
a filha e o pai do bebê estavam juntos na sala do apartamento, o que ela considerou
uma “pouca vergonha”. Segundo ela, após reclamar, uma discussão teve início e o
casal tentou agredir a acusada. “Eles vieram me bater, eu peguei a criança e
fiz isso”, contou.
No entanto, a versão é
diferente da que a mãe do bebê contou para os vizinhos. Segundo uma das
moradoras que ajudaram a socorrer a criança, Jéssica disse que Eli reclamou
quando viu o namorado dela em casa, mas que não houve agressão. A avó pegou o
bebê, que estava deitado no sofá, sem que a mãe da criança visse, e o lançou pela
janela da cozinha. O menino caiu de uma altura aproximada de 6 metros.
A criança foi levada por
populares ao HGE. “Eles queriam esperar o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência), mas o bebê já estava roxo, estava morrendo. Peguei a criança e entreguei
para uma vizinha que tinha conseguido um carro para dar socorro”, disse a amiga
da família. Em seguida, a polícia foi acionada e Eli foi presa em flagrante. A
suspeita foi encaminhada Delegacia Especializada de Repressão a Crime Contra
Criança e Adolescente (Dercca).
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