A criação do consórcio intermunicipal de saúde, cuja sede ficaria em Itabuna, deve ser rejeitada pela Câmara Municipal. Essa é a opinião do presidente da Comissão de Saúde, o vereador Glebão (PV) manifestada terça, 25, em audiência pública. Posicionamento semelhante vem do Conselho Municipal da Saúde. “Somos contra”, declarou o presidente Josevaldo Gonçalves que prefere investimentos para acelerar as duas UPAs em construção na cidade.
De sua parte, o relator do projeto na Câmara, Junior Brandão (PT), criticou a ausência de informações que deveriam ter sido enviadas pelo Executivo, como o Protocolo de Intenções. Em sua explanação, Brandão apresentou as experiências de consórcios de saúde de Maringá/PR e Governador Valadares/MG. As viagens técnicas dos três parlamentares grapiúnas (Glebão e César Brandão participaram) foram custeadas pela Câmara.
Ponto polêmico é a queda na arrecadação com a redução do ICMS. Somado a isso, o consórcio não ofereceria serviços de média e alta complexidade. O coordenador da Amurc, Luciano Veiga, destacou que a fragilidades dos municípios diante do que chamou de pacto federativo perverso. “Não vamos conseguir resolver os problemas da saúde se não nos unirmos.”
O secretário de Saúde de Itabuna, Paulo Bicalho, reconhece dificuldades operacionais, como falta de especialidades médicas. Bicalho entende que o consórcio organizado “dá fruto”. “Unidos podemos fazer”, declarou o secretário grapiúna. Prestadores de serviços e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) acompanharam as discussões da audiência pública na Câmara.
Da assessoria
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