sexta-feira, 2 de setembro de 2016

OBJETIVO DO FATIAMENTO É 'MELAR' O IMPEACHMENT

OBJETIVO FOI 'MELAR' O IMPEACHMENT
OPOSIÇÃO SUSPEITA QUE OBJETIVO DO FATIAMENTO É 'MELAR' O IMPEACHMENT
PLANO SERIA CRIAR PRETEXTO PARA ANULAR JULGAMENTO DE DILMA
Publicado: 02 de setembro de 2016 às 10:12 - Atualizado às 10:19
SENADORES NO PLENÁRIO, QUANDO A ARMAÇÃO CHEGOU AO CONHECIMENTO DA MAIORIA. (FOTO: EDILSON RODRIGUES)

Do - Diário do Poder - Teve o objetivo de “melar” o impeachment”, criando um pretexto para sua anulação, o acordo que “fatiou” a votação para destituir a ex-presidente Dilma Rousseff, livrando-a da perda de direitos políticos opor oito anos, como prevê a Constituição. A suspeita é de setores da antiga oposição aos governos do PT.

O conchavo foi iniciado há três semanas, o que explica as frequentes visitas do presidente do Senado, Renan Calheiros, ao Palácio Alvorada, para reuniões que nunca eram devidamente explicadas, ainda que se tratasse do chefe da Casa julgadora visitando a ré acusada de cometer crimes contra a Lei Orçamentária e contra a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Durante as discussões, no dia da votação do impeachment, o ministro Ricardo Lewandowski, que presidiu o julgamento, deixou escapar que “refletia” sobre o fatiamento desde sábado (27). Se o ministro não é dotado de notável premonição, ele pode ter participado ou pelo menos teve conhecimento dos conchavos para “fatiar” a Constituição cuja integralidade o Supremo Tribunal Federal, que ele preside, tem a obrigação de preservar.
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Diretor da Folha confirma a versão publicada pela Tribuna da Internet


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Lewandowski foi informado do plano no dia 22
Leandro ColonFolha
A estratégia de fatiar o julgamento de Dilma Rousseff vinha sendo discutida há duas semanas pela bancada do PT no Senado. Não foi adotada de última hora, embora o requerimento pedindo a divisão entre a condenação e a habilitação para ocupar funções públicas tenha sido apresentado somente na quarta (31), pouco antes da votação final. Além disso, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), aconselhou o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, a aceitar o pedido do PT.
RENAN E KÁTIA – Segundo a Folha apurou, na quarta-feira, enquanto estava sentado ao lado do ministro no plenário, Renan disse, em rápidas e discretas palavras, que, na sua opinião, Lewandowski poderia decidir como presidente do plenário do Senado, regimentalmente, e não como magistrado do STF.
A articulação contou também com o apoio da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), aliada e ex-ministra de Dilma, que visitou Lewandowski no dia 22 de agosto (segunda-feira passada) para tratar do assunto.
HIPÓTESE – Cinco dias antes, numa reunião de líderes, a bancada do PT já havia discutido a hipótese de fatiamento numa reunião com Lewandowski, Renan e senadores contra e a favor do impeachment.
No encontro, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) perguntou se o próprio Lewandowski poderia “formular” mais do que um quesito no julgamento.
A ideia era que o ministro do STF separasse, por ele mesmo, as perguntas sobre os crimes cometidos por Dilma e suas consequências.
Lewandowski teria lido trecho da Constituição que reúne os temas num só item – ou seja, naquele momento, para ele, seria inviável quebrar por conta própria o quesito.
DESTAQUE – Não se comentou a estratégia que viria a ser apresentada depois pelo PT, na sessão de quarta, de sugerir um “destaque” (recortar parte do texto) para o plenário do Senado votar o trecho sobre função pública separadamente.
Essa hipótese foi debatida depois, na conversa entre Kátia Abreu e o presidente do STF. Na mesma hora, Lewandowski telefonou a assessores para saber se era possível utilizar o “destaque” no julgamento.
Sua equipe passou a se debruçar sobre o tema e um estudo técnico foi solicitado aos consultores do Senado.
QUATRO DIAS ANTES – No sábado à noite, o presidente do STF foi alertado de que o PT realmente pretendia levar a ideia adiante. Na terça à tarde, véspera da votação, o senador Jorge Viana (PT-AC), aliado de Dilma, foi procurado para confirmar se o requerimento seria apresentado. O petista desconversou.
O partido não queria que a manobra viesse a público na véspera. Somente na manhã de quarta, a bancada entregou a proposta de dividir a votação, diminuindo, assim, o tempo para contestações.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– A matéria de Leandro Colon, diretor da Redação da Folha em Brasília, confirma plenamente nosso artigo de hoje, sobre o conhecimento prévio do destaque e o esforço da assessoria jurídica de Lewansdowski para tentar embasamento jurídico capaz de justificar a medida. Indiretamente, a reportagem de Colon confirma também nosso artigo de ontem, quando atribuímos a Renan Calheiros a autoria da manobra, tendo conseguido adesão do PT, do próprio Lewandowski e da cúpula do PMDB, presidido hoje por Romero Jucá, pessoalmente interessado na decisão, assim como Cunha e todos os caciques do partido(C.N.)

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