quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O Conselho de Cultura



Às vezes ficamos do lado da máxima do ex-prefeito Fernando Gomes  quando disse, um dia, a um grupo de artistas locais, que “Cultura é frescura”. Temos certeza que não é! Mas, em Itabuna tem decisões que parece que  é!  

Estamos referindo-nos ao apagamento de memória do Conselho Municipal de Cultura criado no então Governo Ubaldo Dantas através dos jornalistas: Pedro Ivo Bacelar, na época diretor do Centro de Cultura Adonias Filho, Juarez Vicente Silva de Carvalho,  Joselito dos Reis, na época editor da página  “Literatura” do Diário de Itabuna e a atriz e advogada, Iara Smih Lima, contando com as participações especiais também dos  jornalista e escritores, Raimundo Osório Couto Galvão e Telmo Fontes Padilha, conforme constava em seu livro de ata. 

A  partir daí, com outras diretorias já sem a participação de seus fundadores, o  Conselho ficou à deriva, bem próximo da completa extinção! De lá para cá, aconteceram eventos culturais em Itabuna  “do arco da velha”, e ficou mesmo uma cultura de frescura.

Apesar da luta pela sua reativação, através  do Clube do Poeta Sul da Bahia, única entidade cultural, desta cidade, de fato e de direito, reconhecida como de Utilidade Pública Municipal, pela Câmara de Vereadores, esta entidade, ao logo de fundação, nunca foi convidada a participar dos eventos culturais locais do município. 

Agora duas entidades a ACATE e a AGRAL promovem, dia 19, próxima, um Seminário para a fundação do Conselho, quando na verdade será uma refundação. Na certa, não querem ressuscitar um defunto, daí ao convite para a “fundação”.

Ao que parece, os organizadores esperam  obter  recursos, através do Governo Estadual e Federal, para a implantação de uma nova política cultural, adequando-se as normas atuais. Até ai, tudo bem. Esperamos, contudo, que esses recursos realmente venham atender aos anseios da carência cultural de Itabuna. 

A Cultura deve ser realizada em cima do resgate dos nossos costumes, tradições e história contemporânea. Vamos, por exemplo, preservar nomes como os de: José Dantas de Andrade (Dantinhas), Flávio Simões Costa e Adelino Kfoury Silveira, para darmos continuidade à obra desses nossos historiadores, e também realizar um trabalho especial voltado para os nossos novos escritores, poetas e atores, para fazer jus a que disse um dia Caetano Veloso, em entrevista ao Jornal do Brasil, considerando a região sul da Bahia berço emergente da cultura brasileira.     
Enfim, é desejar sucesso  a essa nova iniciativa.

Joselito dos Reis
Poeta e jornalista
        

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