Após assembleia, os professores da rede pública
estadual da Bahia decidiram nesta terça-feira (26) manter a greve que já dura
77 dias. Os professores pedem o cumprimento do acordo assinado entre a
categoria e governo, que prevê reajuste de 22,22%, estabelecido pelo Ministério
da Educação como piso nacional do magistério. A categoria, que reclama da falta de diálogo com o governo, não
concorda com a proposta menor do que a acordada e ainda que não inclui os
aposentados e licenciados.
Em pronunciamento na Assembleia Legislativa o
deputado estadual Carlos Geilson (PTN) voltou a cobrar ao governador Jaques
Wagner (PT) uma solução para a greve. “Eu estou falando como cidadão e como
professor, que estudou a vida toda em escola pública, e me encontro preocupado
– como milhares de baianos – com os rumos da educação em nosso estado”, afirmou
Geilson. Para o parlamentar, a resolução desse impasse depende principalmente
da postura do governador. “É preciso que Vossa Excelência saia do pedestal. Não
é jogando a opinião pública contra os professores, não é usando a força, a
prepotência e a arrogância que se vai por fim a greve. O que os professores
estão esperando é o diálogo com o articulador que tanto se falava na Bahia de
outrora”, ressaltou. O deputado ainda criticou o governo, que alega não ter
dinheiro para conceder o piso nacional aos professores, mas contrata por meio
da Secretaria Estadual de Educação (SEC), a empresa Abaís Conteúdos Educativos
e Produção Cultural Ltda, dirigida pelo professor Jorge Portugal, com dispensa
de licitação. A prestação de serviços educacionais Pré-Enem por um período de
180 dias custará R$ 1.591.774,80.
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