Associação poupa autoridades do governo Lula que atacaram jornalistas
Do - diario do poder - A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) divulgou, somente na tarde desta terça-feira (21), uma nota de repúdio ao que chamou de “descredibilização da imprensa por autoridades” que estão perseguindo os jornalistas que revelaram as visitas da “Dama do Tráfico amazonense” ao Ministério da Justiça.
Outrora corajosa, a Abraji não cita sequer um nome das diversas autoridades do governo Lula (PT), que atacaram os jornalistas do Estadão. Influenciadores lulistas que também fizeram ataques, claro, também não foram lembrados.
A associação, que durante o governo Jair Bolsonaro divulgou ao menos 15 notas de repúdio contra o então presidente, citado nominalmente em todas elas, chegou até a ingressar na Justiça contra o ex-presidente por bloqueios em redes sociais. Não há qualquer notícia de ações da ABraji contra o ministro Flávio Dino (Justiça) ou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que foi às redes sociais instigar militantes contra os jornalistas.
Abraji repudia descredibilização da imprensa por autoridades
É inadmissível que autoridades usem suas redes sociais e mobilizem hordas da internet, com a pressão de milhões de seguidores, para promover uma ação massiva de descredibilização da imprensa.
Insinuar que jornalistas estão sendo pagos para divulgar informações por interesses escusos é uma prática que se tornou recorrente nos últimos anos e continua sendo usada agora. O direito à crítica é saudável e deve ser estimulado, mas não acontece em ambientes massacrantes, em que só algumas vozes são ouvidas, sobretudo aquelas que reverberam as mesmas formas de pensamentos.
De forma mais intensa, as redes sociais foram palco para ataques contra os jornalistas Andreza Matais, André Shalders e Tácio Lorran, a quem manifestamos solidariedade. A Abraji se mantém atenta a qualquer tentativa de agressão a jornalistas. Faz isso há mais de 20 anos, e continuará a fazê-lo.
Diretoria da Abraji, 21 de novembro de 2023.
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