De acordo com a gestora, o mês simbólico que surgiu após a criação da Lei Maria da Penha – de combate à violência doméstica contra mulheres -, usa a cor lilás por ser a junção das cores azul e rosa que simboliza homens e mulheres, respectivamente. “Agosto Lilás representa a força da sociedade unida, homens e mulheres juntos na luta contra este mal”, explicou, revelando os seis tipos de violência que as mulheres sofrem: virtual, moral, patrimonial, física, sexual e psicológica. “Violência doméstica destrói famílias e afeta a sociedade como um todo. A maioria das mulheres que procuram o CRAM foi vítima de agressão física”, lamentou.
Com o objetivo de ofertar assistência às mulheres vítimas de violência e abuso, o CRAM é um órgão municipal que trabalha com atendimento psicossocial e acolhimento em espaço humanizado, amplo e confortável para receber às mulheres assistidas oferecendo, inclusive, cursos profissionalizantes para gerar empoderamento, autonomia e independência financeira. Segundo Aline, há uma rede de parceiros no serviço prestado pelo órgão, a exemplo da Defensoria Pública, Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher– DEAM, Ministério Público e 2ª Vara Criminal, entre outros, para os quais são encaminhadas as atendidas, quando necessário. Algumas vezes, o atendimento é remoto, através de redes sociais e aplicativos de mensagens, por razões, entre as quais, o impedimento por parte do agressor de que a vítima saia de casa para atendimento presencial.
Os índices de violência doméstica em Itabuna, revelados através de registros do Centro de Atendimento, infelizmente, surpreendem. Segundo a coordenadora, até março deste ano foram atendidas cerca de 60 mulheres. De março a agosto o número dobrou, chegando a 121 vítimas. “Um aumento de 100% em apenas sete meses. O trabalho está sendo divulgado e noticiado na mídia através da campanha ‘Use máscara, mas não se cale’ e por ter mais visibilidade, a procura tem sido maior. Estamos divulgando a existência do CRAM em postos de saúde e em breve também nas escolas, para levar ao conhecimento das vitimas que esse apoio está à disposição”, disse.
O presidente do Rotary Club de Itabuna Diogo Matheus Rodrigues agradeceu a oportunidade de conhecer o trabalho realizado pelo CRAM. “Fico feliz por ver Itabuna avançando neste aspecto, acolhendo a mulher da nossa comunidade e parabenizo a toda equipe responsável por este belo trabalho. Desenvolvimento humano e social é um dos temas de atuação do Rotary, sendo assim, podemos contribuir divulgando as ações e apoiando as campanhas de conscientização. Quando precisarem, contem com o Rotary”, declarou à palestrante. Aline, por sua vez, agradeceu a disponibilidade e convidou a todos para conhecerem de perto as novas instalações do Centro. “Estamos de portas abertas para maiores esclarecimentos e vamos aceitar sim esse apoio do Rotary. Será muito bem-vindo, obrigada”, encerrou. Ascom/Rotary
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