quinta-feira, 12 de março de 2020

TRF4 tira caso de Lulinha da Lava-Jato de Curitiba e manda para Justiça de SP



Para manter inquérito no PR, procuradores juntaram delação de Cabral, que afirmou que Lula pediu contrato para empresa de filho; Lulinha é alvo de investigação sobre repasses da Oi/Telemar ao grupo Gamecorp/Gol
GI - SÃO PAULO — Em sessão na tarde desta quarta-feira, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) decidiu enviar a investigação sobre o filho do ex-presidente Lula, o empresário Fábio Luiz Lula da Silva, o Lulinha, para a Justiça Federal de São Paulo, conforme informou o blog do colunista Ancelmo Gois. Com isso, a corte tirou o inquérito da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelos casos da Lava-Jato de Curitiba. Em outra decisão considerada uma derrota da força-tarefa da Lava-Jato, o TRF-4 decidiu soltar o ex-diretor da Petrobras Renato Duque. Após cinco anos preso em Curitiba, Duque vai passar a usar tornozeleira eletrônica.

Lulinha é investigado na fase 69 da Lava Jato, chamada de ‘Mapa da Mina’, deflagrada no final do ano passado. A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal apuram pagamentos suspeitos de R$ 132 milhões da Oi/Telemar para Gamecorpo/Gol — essas empresas são ligadas ao filho do ex-presidente. Segundo as apurações, parte desses recursos pode ter sido usada para a compra do sítio de Atibaia, também em benefício do ex-presidente. O sítio é pivô de uma das duas condenações já impostas a Lula na Lava-Jato, que tratou apenas do custeio de reformas na propriedade.
Fabio Luis é sócio de Fernando Bittar, Kalil Bittar e do empresário Jonas Suassuna em pelo menos nove empresas. Bittar e Suassuna aparecem como proprietários dos dois terrenos que, juntos, formam o sítio de Atibaia. Segundo os investigadores, há a suspeita de que Bittar e Suassuna tenham utilizado parte dos valores recebidos do Grupo Oi/Telemar para a aquisição da propriedade.


Além disso, os procuradores acreditam que os repasses recebidos pela Gamecorp/Gol eram contrapartida a medidas feitas pelo governo do então presidente Lula para favorecer o setor de telefonia.

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