Para
não falar de outros momentos da política que ficará na história e na memória
dos brasileiros, como o de João Gullar e Getulio Vargas de 50 a 54, eleito pelo
voto popular e com projeto desenvolvimentista, queira ou não, mesmo sendo
classificado como pai dos pobres e mãe dos ricos, a perseguição implacável da
oposição com o rotulo da corrupção, resultando em morte (suicídio) do
Presidente da República e posteriormente transformado em ditadura civil/militar que
prendeu, esquartejou, expulsou cidadãos/trabalhadores
do Brasil.
A propaganda negativista, o sentimento de terra arrasada
impregnado nos discursos da mídia, o terrorismo imposto por uma elite ávida por
voltar ao poder para satisfazer aos seus investidores e financiadores, os
interesses mercantilistas de países com EUA e Europa de olho no nosso potencial
energético e de ONGs aliadas ao projeto “marinista” e “aecista”, verdadeiras
aventuras colado ao neoliberalismo, dos discursos enfáticos de conteúdo vazio, explicando
o inexplicável com propostas traidoras de cunho perversos para os trabalhadores,
pois ambos vão de encontro ao projeto popular desenvolvimentista, democrático.
Recordemo-nos das nossas derrotas para o sistema midiático
da época de Collor de Mello que foi transformado em herói com varias plumagens de
salvador da pátria, deu no que deu. Quem pagou a conta? Os trabalhadores. A era
FHC, que aprofundou o projeto neoliberal satisfazendo aos banqueiros e
multinacionais, das denuncias em “off” e sem comprovação, confundindo o eleitor
com o terrorismo sempre repetitivo de cunho pejorativo, julgadora e
condenadora, sem analise técnica e política, simplesmente os fatos criados e
manipulados como verdades antes da justiça investigar e julgar, e se houver
veracidade condenar, esse é o caminho da justiça legal.
Esse papel de denuncismo está sendo feito como sempre pela
mídia elitista e desavergonhada, cínica, irresponsável e manipuladora que apóia
projetos direitistas defendendo grupos e não o país.
Recordemo-nos dos oito anos sem
aumento salarial de FHC, onde o movimento sindical foi reprimido e tratado como
caso de policia; incentivo ao Plano de Demissão Voluntária (PDV) imposta aos
bancos públicos para reduzir o quadro funcional e privatizar o BB, CEF, BNB.
Foram anos de sofrimento para os trabalhadores, uma ditadura do capital neoliberal,
extravagante e dogmático, conservador e entreguista como os projetos aventureiros
e mirabolantes de Aécio e Marina, que vai de encontro ao projeto popular, de
desenvolvimento, caminhando sempre para avançar em beneficio dos trabalhadores.
Dois pontos do projeto de Marina e
do neoliberalismo excludente e agressivo para o conjunto dos trabalhadores: PL
– 4330 de autoria do Deputado Federal Sandro Mabel, proprietário da fabrica de
biscoitos Mabel, portanto patrão, empresário que defende seus interesses,
eleito pelo trabalhador menos atento aos embutidos nas propostas mirabolantes. Esse projeto de terceirização tramita no
Congresso Nacional desde 2004, e tentam aprovar de forma irrestrita, atingindo
serviços meios e fins no mundo do trabalho, o que será uma catástrofe para os
trabalhadores, uma proposta ilusionista do mundo capitalista.
Estamos assistindo mais uma vez
O
outro ponto é a cobiçada e propagada “Independência” do Banco Central- BC.
Independência para quem? Lógico, para os banqueiros. O que restará para os
trabalhadores e a sociedade? Desemprego, arrocho salarial, juros altos,
privatização dos bancos públicos, alinhamento total com interesses privados, e
junto com a terceirização, quarteirização, escravidão e consequentemente, enquadramento
e submissão total dos trabalhadores ao projeto megalomaníaco de interesses
exclusivo do capital escravocrata.
Os projetos de interesse e
relevância para os trabalhadores e trabalhadoras e consequentemente para o
Brasil, encontram-se engavetados e sem previsão de serem colocados em pauta no
Congresso Nacional (Congresso Patronal, eles têm 253 deputados federais e os
trabalhadores 90 deputados) precisamos urgentemente mudar essa correlação de
forcas: redução da jornada de trabalho para 40 horas; Fator previdenciário; Reforma
política; financiamento de campanha; Convenção 158 - Organização Internacional
do Trabalho – OIT e outros projetos de importância significativa para a
democratização e humanização do trabalho.
Portanto, paremos para refletir:
vamos novamente perder para a mídia golpista, para os interesses do capital locupletador
a serviços de grupos econômicos? Religiões oportunistas, fundamentalistas? ONGs
com discursos do meio ambiente financiado pelos capitalistas para sensibilizar
e enganar, com interesses meramente de cunho golpistas, que não trará
benefícios aos trabalhadores de modo geral? Ou vamos participar com nossas
vozes e nossos punhos serrados para mostrar nossas forças e o tamanho da nossa
consciência.
Teremos eleições no dia 5 de
outubro e estará em nossas mãos o destino dos trabalhadores e do Brasil, do
nosso projeto popular, que se desenvolve paulatinamente com resquícios ainda do
passado, passado que não se afastará em pouco tempo por se tratar de um projeto
em longo prazo, mas que colocou o país em outro patamar nacional e mundial, com
agenda positiva e com a certeza de que poderemos avançar muito mais para
colocar o Brasil no mais alto posto de destaque, para enterrarmos os coveiros.
Os vícios, as deturpações e
equívocos cometidos agora, são resquícios de uma sociedade do passado que ainda
tenta sobreviver, mas com certeza, combateremos com nossas forças.
Valter Moraes – Diretor da
Federação dos Bancários da BA/SE e
coordenador da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB.
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