terça-feira, 27 de agosto de 2013

Greve em Ilhéus continua

Como até o momento o prefeito de Ilhéus não sinalizou para a assinatura do acordo de campanha salarial para acabar com a greve geral que já dura cerca de 40 dias, os servidores públicos municipais decidiram realizar uma caminhada nesta quarta-feira (28) pelas ruas da Avenida Princesa Isabel. A concentração será às 8 horas da manhã, na avenida Itabuna, no prédio denominado de Carandiru, seguindo pelas ruas do bairro até a praça J.J.Seabra, em frente ao Palácio Paranaguá, onde haverá uma assembleia para decidir as novas ações do movimento.


A proposta da caminhada é de conscientizar pais, alunos e a comunidade em geral sobre os prejuízos da greve e a necessidade do prefeito Jabes Ribeiro fechar o acordo com os trabalhadores para acabar com a paralisação. Movimentos como esse já foram realizados nos bairros Teotônio Vilela, Nossa Senhora da Vitória, Pontal, Conquista e Malhado. Por onde passam os servidores recebem o apoio da comunidade, que não somente se juntam ao movimento, como também denunciam a situação de abandono em que se encontra a cidade com postos de saúde desativados, ruas esburacadas, esgotos correndo a céu aberto e as escolas que estão sem funcionar desde o inicio do ano.

Os trabalhadores também distribuíram panfletos alertando a comunidade que a demora do prefeito Jabes Ribeiro em fechar o acordo com os servidores públicos municipais, se negando a conceder a revisão salarial como manda a lei, já está prejudicando toda a cidade, principalmente os mais carentes, que poderão perder o Bolsa Família, pois a falta de frequência nas escolas e o atendimento regular nos postos acaba excluindo as crianças do Programa do Governo Federal.  “Mas Jabes não está nem aí para o povo carente de Ilhéus. Prefere mesmo empregar seus amigos filhos dos antigos coronéis, dando a eles salários altíssimos”, denunciaram os servidores.

Na manhã desta segunda-feira os representantes de todas as categorias de servidores públicos municipais apresentaram ao governo um estudo comprovando que a reposição salarial de 5,84% para os servidores e 7,97% para os professores, conforme determina a lei, não causará impactos significativos na folha de pagamento e nem vai ultrapassar o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal. De acordo com o estudo, o valor da folha de pagamento, com as revisões salariais previstas na lei e já com os encargos sociais terá um impacto de apenas R$ 624.367,60, bem abaixo dos números divulgados pelo governo municipal, que dizia ser de R$ 2 milhões.


Vale ressaltar que o documento foi elaborado com base nos números oficiais divulgados pelo próprio governo municipal. O estudo revelou ainda que somente a folha de pagamento dos salários dos servidores contratados, nas áreas de educação, saúde e assistência social, junto com os encargos sociais, é de R$ 840.856,56. Já a folha de pagamento com os salários comissionados no mês de julho desse ano foi de R$ 626.714,33. No total, são 471 servidores contratados e mais 155 que ocupam cargos comissionados, somando uma folha de pagamento no valor de R$ 1.467.570,89.

Da assessoria

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