Como até o momento
o prefeito de Ilhéus não sinalizou para a assinatura do acordo de campanha
salarial para acabar com a greve geral que já dura cerca de 40 dias, os
servidores públicos municipais decidiram realizar uma caminhada nesta
quarta-feira (28) pelas ruas da Avenida Princesa Isabel. A concentração será às
8 horas da manhã, na avenida Itabuna, no prédio denominado de Carandiru,
seguindo pelas ruas do bairro até a praça J.J.Seabra, em frente ao Palácio
Paranaguá, onde haverá uma assembleia para decidir as novas ações do movimento.
A proposta da
caminhada é de conscientizar pais, alunos e a comunidade em geral sobre os
prejuízos da greve e a necessidade do prefeito Jabes Ribeiro fechar o acordo
com os trabalhadores para acabar com a paralisação. Movimentos como esse já
foram realizados nos bairros Teotônio Vilela, Nossa Senhora da Vitória, Pontal,
Conquista e Malhado. Por onde passam os servidores recebem o apoio da comunidade,
que não somente se juntam ao movimento, como também denunciam a situação de
abandono em que se encontra a cidade com postos de saúde desativados, ruas
esburacadas, esgotos correndo a céu aberto e as escolas que estão sem funcionar
desde o inicio do ano.
Os trabalhadores
também distribuíram panfletos alertando a comunidade que a demora do prefeito
Jabes Ribeiro em fechar o acordo com os servidores públicos municipais, se
negando a conceder a revisão salarial como manda a lei, já está prejudicando
toda a cidade, principalmente os mais carentes, que poderão perder o Bolsa
Família, pois a falta de frequência nas escolas e o atendimento regular nos
postos acaba excluindo as crianças do Programa do Governo Federal. “Mas Jabes não está nem aí para o povo
carente de Ilhéus. Prefere mesmo empregar seus amigos filhos dos antigos
coronéis, dando a eles salários altíssimos”, denunciaram os servidores.
Na manhã desta segunda-feira os
representantes de todas as categorias de servidores públicos municipais
apresentaram ao governo um estudo comprovando que a reposição salarial de 5,84%
para os servidores e 7,97% para os professores, conforme determina a lei, não
causará impactos significativos na folha de pagamento e nem vai ultrapassar o
limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal. De acordo com o estudo, o
valor da folha de pagamento, com as revisões salariais previstas na lei e já
com os encargos sociais terá um impacto de apenas R$ 624.367,60, bem abaixo dos
números divulgados pelo governo municipal, que dizia ser de R$ 2 milhões.
Vale ressaltar que o documento foi elaborado
com base nos números oficiais divulgados pelo próprio governo municipal. O
estudo revelou ainda que somente a folha de pagamento dos salários dos
servidores contratados, nas áreas de educação, saúde e assistência social,
junto com os encargos sociais, é de R$ 840.856,56. Já a folha de pagamento com
os salários comissionados no mês de julho desse ano foi de R$ 626.714,33. No
total, são 471 servidores contratados e mais 155 que ocupam cargos
comissionados, somando uma folha de pagamento no valor de R$ 1.467.570,89.
Da assessoria
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