Os repórteres Giuliana Vallone e Fábio Braga, da Folha de São Paulo, foram atingidos no rosto por disparos de bala de borracha da Tropa de Choque da Polícia Militar enquanto cobriam o protesto contra o aumento das passagens no centro de São Paulo. Por volta das 20h, Giuliana subia a rua Augusta registrando o protesto quando foi atingida.
A cabeleireira Valdenice de Brito, 40, testemunhou o momento do disparo. “Quando ela me disse para sair dali por causa do tumulto, um policial mirou e atirou covardemente nela.”
Giuliana foi socorrida por funcionários de um estacionamento. Outros cinco jornalistas da Folha também foram atingidos. Um deles, o repórter-fotográfico Fábio Braga foi atingido por dois disparos. Um atingiu o rosto e o outro a virilha.
Manifestantes do protesto contra o aumento das tarifas chegaram à avenida Paulista, uma das mais importantes da cidade durante a noite. A Tropa de Choque da Polícia Militar fecha os dois lados da via para evitar a passagem da passeata.
A badalada rua Augusta virou um campo de guerra, com forte repressão policial. A PM trabalha com o intuito de impedir aglomerações. Quando um grupo de cerca de 15 a 20 pessoas se forma, a tropa atira bombas para que sejam dispersados.
Em nota, o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Vieira, disse que lamenta os episódios e determinou a “abertura imediata de investigações, pela Corregedoria da PM, para apurar rigorosamente os fatos”. (Folha de São Paulo)
Do - Jornaldamídia.com
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