Do -Suno.com.br - O líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, foi acusado pelo governo russo neste sábado (24) de iniciar um conflito armado com sua tropa de mais de 25 mil soldados contra a Rússia. Nesta sexta-feira (23) o líder rebelde disse que as forças da Rússia tinham atacado as bases de seus comandados, um grupo paramilitar que lutou com a Rússia na guerra contra a Ucrânia, e ameaçou com represálias o Kremlin, segundo informações do New York Times. Os generais russos afirmam que Prigozhin se rebelou e tenta arquitetar um golpe de estado contra o presidente Vladimir Putin.
Russos na Ucrânia serão punidos”, afirmou o líder do grupo mercenário, segundo matéria da BBC.
O jornal The Guardian informou que Prigozhin também acusa o Ministério da Defesa da Rússia de “enganar o público e o presidente de espalhar a história de que houve agressão do lado ucraniano”, para justificar a invasão ao país vizinho.
O governo russo afirma que o Grupo Wagner pretende iniciar uma guerra civil no país e planeja um golpe de estado para tirar Putin do poder. Diz que as acusações de Prigozhin não “correspondem à realidade”.
Em janeiro, após seus combatentes morrerem em um conflito em Bakhmut, leste da Ucrânia, o líder do Grupo Wagner, Prigozhin, fez uma oferta inesperada à Ucrânia, segundo o jornal Washington Post.
Prigozhin deu sinais de que mudaria de lado na guerra – de acordo com o jornal, ofereceu à Ucrânia informações sobre bases russas, em troca da retirada dos ucranianos de Bakhmut.
Comunicou-se outras vezes com os militares ucranianos, apontam documentos de inteligência dos EUA vazados na plataforma Discord.
Rússia: “Rebelião armada”
De acordo com o NYT, as autoridades russas abriram uma investigação sobre o chefe dos mercenários do Wagner por “organizar uma rebelião armada”. Essa apuração pode resultar em até 20 anos de prisão. Um dos homens mais poderosos da Rússia, o magnata Prigozhin fez uma série de acusações contra os generais do país, afirmando que eles enganam Putin sobre a real situação no front de batalha.
Segundo o jornal americano, baseada em informações sobre um possível golpe, a Rússia mandou veículos blindados para as ruas de Moscou e para Rostov, cidade do sul da Rússia, perto da fronteira com a Ucrânia, após Prigozhin ameaçar represálias ao militares alinhados com Putin.
O jornal diz ainda que não existem relatos de conflitos em ruas da capital ou de outras cidades russas. Vídeos que circulam amplamente em redes sociais indicam, porém, que veículos blindados militares e da guarda nacional ocupam vias de Moscou e em Rostov. Esse ponto fica próximo à linha de frente na Ucrânia. Ali, relata o NYT, caças de Prigozhin estão preparados para um possível ataque.
A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, iniciando a guerra contra o país vizinho. Seria uma ação “relâmpago” para ocupar o território ucraniano. A previsão era de que a operação fosse rápida, mas o conflito já se estende por dezesseis meses, deixando milhares de mortos. A guerra, que matou civis e militares, mexeu com a economia no mundo todo — e seus efeitos vão desde a crise de refugiados até elevação dos índices de inflação e mudanças drásticas do comércio internacional de commodities e insumos.
Um golpe contra Putin levaria a mais um abalo no mercado internacional, mexendo em preços de ativos, no comércio internacional e no preço do petróleo.
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