Cunha afirma que Wagner ofereceu barganha para evitar impeachment
O presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que realizou três encontros com o ex-ministro da Casa Civil, Jaques Wagner (PT). Em relato feito nesta terça-feira (21), o peemedebista afirmou que o ex-governador baiano tentou barganhar votos para impedir que Cunha encaminhasse o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff na Casa. Em troca, Wagner prometeu votos do PT no Conselho de Ética para Cunha.
O presidente afastado da Câmara também afirmou que Wagner disse que teria controle sobre o presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PR-BA), baiano como ele.
“Não sou nem herói nem vilão no processo de impeachment. Apenas cumpri meu papel. Tenho a consciência tranquila de que livrar o Brasil da presidente Dilma Rousseff e do PT será uma marca que terei orgulho de carregar”, acrescentou.
Os encontros com Wagner, segundo Cunha, aconteceram na residência oficial da Câmara, em um jantar, na Base Aérea em Brasília e no Palácio do Jaburu, sem a presença de Michel Temer. “Quem estava propondo era o governo. Além de soar como chantagem, envolvia minha família”, sugeriu Cunha, citando que Wagner teria prometido o não envolvimento da esposa do presidente da Câmara, Cláudia Cruz, e a filha do peemedebista.
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Não Renuncia –O presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a afirmar hoje (21) que não vai renunciar ao cargo. Ele minimizou rumores de que estivesse considerando esta saída para tentar um acordo que pudesse, caso seja condenado, abrandar sua pena.
Semana passada o Conselho de Ética aprovou, por 11 votos a nove, a perda do seu mandato. Em entrevista coletiva no Hotel Nacional, em Brasília, Cunha também afastou qualquer intenção de fazer delação premiada. “Não renunciarei e não tenho o que delatar. Não cometi qualquer crime”, afirmou.
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