(Homenagem ao meu pai José Deraldo dos Santos que completa, hoje, 19 anos de eternidade)
A gente nasce, cresce e morre. É a lei da existência. Ainda que saibamos disso, nos é difícil encarar a morte das pessoas que amamos.
Nascido em Jequiriçá, em 1919, cumprindo a lei da permanência liberada, aqui na Terra por Deus, no dia 26 de março de 1993, José DERALDO dos Santos, chegou a sua última etapa. Filho de Maria Laurinda e Basílio Bispos dos Santos, meu avô que faleceu aos 101 anos de idade, no bairro Mangabinha, Itabuna, também era tropeiro e faleceu, em agosto de 1982, já a minha avó, eu não a conheci, mas soube que ela tinha um parentesco, era irmã, da mãe do escritor Jorge Amado.
É com saudade, muita saudade, que lembramos o desaparecimento do meu pai, DERALDO, um homem simples, honesto, trabalhador, não media esforços para ajudar ao próximo, que desbravou essa região, quando jovem, como Tropeiro, enfrentando noites tempestivas, armadilhas de jagunços e mesmo ataque indígenas, atoleiros para a entrega do cacau em lombo de animais. Numa época em que nem estrada de ferro existia nessas terras e mais tarde residindo em Eunápolis, extremo-sul da Bahia, foi um dos encarregados na construção da rodovia, ligando este município a Porto Seguro.
Quando tropeiro, o seu duro trabalho o levava a ficar dias fora de casa, num roteiro de mais de 100 quilômetros mata à dentro com destino a cidade de Ilhéus.
Foi numa dessas suas andanças que ele conheceu nos “41” de Ibicaraí, a jovem Josefa dos Reis Santos, irmã do fazendeiro Ernesto Reis, com quem se casou.
Atendendo convite de sua irmã (a burguesa da família na época) Jovelina Maria Freire, viúva do coletor Leopoldo Freire, para melhor educar seus filhos, o casal se estabeleceu em Itabuna em 1959, cidade onde nasceram os dois últimos filhos, dos 09 que vieram a este mundo.
A partir daí, DERALDO deixou de ser tropeiro e empregado de fazendas, antes de sua estada em Eunápolis, passou a ser comerciante de cereais na então feira-livre da Praça José Bastos (onde hoje existe a FTC de Itabuna e que também já funcionou a estação da Maria Fumaça), vendendo farinha, feijão e milho.
Como era uma pessoa basicamente solidária, alegre e extrovertido, ele fez grandes amizades, tanto com os colegas de profissão, quanto com os fregueses, que apreciavam a sua amabilidade no trato com as pessoas. Prova disto foi quando, seu compadre, colega de feira-livre, José Gonçalves (Zé Pereba) fez aniversário de 82 anos, comemorados na AABB, ano passado, Itabuna, e não se esqueceu de fazer uma homenagem ao seu amigo Deraldo (in-memoriam), que também era seu compadre.
Meu pai era conhecido como DERALDO, foi uma pessoa que marcou sua passagem por este planeta com dignidade. Enfim, uma pessoa que ajudou a plantar a civilização do cacau; que gerou filhos que dignificaram seu nome; que deixou saudade quando partiu para a eternidade; no dia 26 de Março de 1993.
Hoje, aos 19 anos de seu falecimento e lá, na companhia de cinco dos seus nove filhos. Nós, seus filhos em vida aqui na Terra, Joselito, Joelson, Josevaldo dos Reis e José Deraldo Filho, queremos homenagear sua memória, lembrando de sua árdua luta e história para nos criar e educar. Parabéns, meu pai, onde o senhor estiver!
Joselito dos Reis
Poeta e jornalista
Deraldo |
A gente nasce, cresce e morre. É a lei da existência. Ainda que saibamos disso, nos é difícil encarar a morte das pessoas que amamos.
Nascido em Jequiriçá, em 1919, cumprindo a lei da permanência liberada, aqui na Terra por Deus, no dia 26 de março de 1993, José DERALDO dos Santos, chegou a sua última etapa. Filho de Maria Laurinda e Basílio Bispos dos Santos, meu avô que faleceu aos 101 anos de idade, no bairro Mangabinha, Itabuna, também era tropeiro e faleceu, em agosto de 1982, já a minha avó, eu não a conheci, mas soube que ela tinha um parentesco, era irmã, da mãe do escritor Jorge Amado.
É com saudade, muita saudade, que lembramos o desaparecimento do meu pai, DERALDO, um homem simples, honesto, trabalhador, não media esforços para ajudar ao próximo, que desbravou essa região, quando jovem, como Tropeiro, enfrentando noites tempestivas, armadilhas de jagunços e mesmo ataque indígenas, atoleiros para a entrega do cacau em lombo de animais. Numa época em que nem estrada de ferro existia nessas terras e mais tarde residindo em Eunápolis, extremo-sul da Bahia, foi um dos encarregados na construção da rodovia, ligando este município a Porto Seguro.
Quando tropeiro, o seu duro trabalho o levava a ficar dias fora de casa, num roteiro de mais de 100 quilômetros mata à dentro com destino a cidade de Ilhéus.
Foi numa dessas suas andanças que ele conheceu nos “41” de Ibicaraí, a jovem Josefa dos Reis Santos, irmã do fazendeiro Ernesto Reis, com quem se casou.
Atendendo convite de sua irmã (a burguesa da família na época) Jovelina Maria Freire, viúva do coletor Leopoldo Freire, para melhor educar seus filhos, o casal se estabeleceu em Itabuna em 1959, cidade onde nasceram os dois últimos filhos, dos 09 que vieram a este mundo.
A partir daí, DERALDO deixou de ser tropeiro e empregado de fazendas, antes de sua estada em Eunápolis, passou a ser comerciante de cereais na então feira-livre da Praça José Bastos (onde hoje existe a FTC de Itabuna e que também já funcionou a estação da Maria Fumaça), vendendo farinha, feijão e milho.
Como era uma pessoa basicamente solidária, alegre e extrovertido, ele fez grandes amizades, tanto com os colegas de profissão, quanto com os fregueses, que apreciavam a sua amabilidade no trato com as pessoas. Prova disto foi quando, seu compadre, colega de feira-livre, José Gonçalves (Zé Pereba) fez aniversário de 82 anos, comemorados na AABB, ano passado, Itabuna, e não se esqueceu de fazer uma homenagem ao seu amigo Deraldo (in-memoriam), que também era seu compadre.
Meu pai era conhecido como DERALDO, foi uma pessoa que marcou sua passagem por este planeta com dignidade. Enfim, uma pessoa que ajudou a plantar a civilização do cacau; que gerou filhos que dignificaram seu nome; que deixou saudade quando partiu para a eternidade; no dia 26 de Março de 1993.
Hoje, aos 19 anos de seu falecimento e lá, na companhia de cinco dos seus nove filhos. Nós, seus filhos em vida aqui na Terra, Joselito, Joelson, Josevaldo dos Reis e José Deraldo Filho, queremos homenagear sua memória, lembrando de sua árdua luta e história para nos criar e educar. Parabéns, meu pai, onde o senhor estiver!
Joselito dos Reis
Poeta e jornalista
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