Ao contrário de estados e municípios como São Paulo, que aprovaram em tempo recorde projetos que instituem a exigência de ficha limpa para gestores públicos, os baianos ainda vão demorar para ver uma proposta semelhante no âmbito do Estado ou da prefeitura. E o principal obstáculo na aprovação da versão local da Lei da Ficha Limpa está nas próprias casas legislativas.
Ao invés de ganhar rapidez com a confirmação da constitucionalidade da lei pelo Supremo Tribunal Federal, os dois projetos que versam sobre o tema na Assembleia Legislativa entraram em rota de colisão, num embate de contornos político-eleitorais entre governistas e oposicionistas. A abrangência da legislação é o único ponto de discórdia, já que ambas as propostas são semelhantes em seu teor, proibindo a nomeação de pessoas que tenham condenação na esfera criminal a partir da segunda instância para os cargos de secretários, diretores de estatais, de sociedades de economia mista, de fundações e autarquias.
De um lado, tramita o projeto de lei, de autoria do deputado Álvaro Gomes (PCdoB), que restringe a aplicação da lei à máquina pública estadual. “Não incluí os municípios por uma questão de concepção. Acho que o projeto para ter credibilidade precisa ter envolvimento popular. Não adianta impor de cima para baixo”, argumenta Gomes, lembrando que seu projeto é mais antigo e deveria ser votado antes.
Do outro lado está a proposta de emenda à Constituição apresentada pelo deputado oposicionista Elmar Nascimento (PR), que amplia os efeitos da legislação para os municípios baianos. A aprovação do projeto, no entanto, dependerá dos votos de três quintos dos deputados de uma Assembleia majoritariamente governista.
Projeto municipal - Enquanto a proposta estadual esbarra na disputa política, o projeto de lei que institui a versão local da Ficha Limpa em Salvador, apresentada pelo vereador Joceval Rodrigues (PPS), deverá tramitar com mais tranquilidade.
Com o apoio declarado de alguns vereadores governistas e de oposição, a proposta é vista como menos polêmica, só valerá para os gestores que assumirem o cargo a partir da aprovação da lei, o que na prática significa que serão atingidos somente os auxiliares do novo prefeito, que toma posse a partir de 2013.
O principal obstáculo para o projeto é a agenda da Câmara Municipal, que deverá se voltar para temas mais espinhosos, como o julgamento das contas do prefeito João Henrique. “Acho difícil votarmos no primeiro semestre”, adianta o líder governista Téo Senna. No segundo semestre, contudo, a casa tradicionalmente fica esvaziada por conta das eleições.
Fernando Amorim /Agência A TARDE
Ao invés de ganhar rapidez com a confirmação da constitucionalidade da lei pelo Supremo Tribunal Federal, os dois projetos que versam sobre o tema na Assembleia Legislativa entraram em rota de colisão, num embate de contornos político-eleitorais entre governistas e oposicionistas. A abrangência da legislação é o único ponto de discórdia, já que ambas as propostas são semelhantes em seu teor, proibindo a nomeação de pessoas que tenham condenação na esfera criminal a partir da segunda instância para os cargos de secretários, diretores de estatais, de sociedades de economia mista, de fundações e autarquias.
De um lado, tramita o projeto de lei, de autoria do deputado Álvaro Gomes (PCdoB), que restringe a aplicação da lei à máquina pública estadual. “Não incluí os municípios por uma questão de concepção. Acho que o projeto para ter credibilidade precisa ter envolvimento popular. Não adianta impor de cima para baixo”, argumenta Gomes, lembrando que seu projeto é mais antigo e deveria ser votado antes.
Do outro lado está a proposta de emenda à Constituição apresentada pelo deputado oposicionista Elmar Nascimento (PR), que amplia os efeitos da legislação para os municípios baianos. A aprovação do projeto, no entanto, dependerá dos votos de três quintos dos deputados de uma Assembleia majoritariamente governista.
Projeto municipal - Enquanto a proposta estadual esbarra na disputa política, o projeto de lei que institui a versão local da Ficha Limpa em Salvador, apresentada pelo vereador Joceval Rodrigues (PPS), deverá tramitar com mais tranquilidade.
Com o apoio declarado de alguns vereadores governistas e de oposição, a proposta é vista como menos polêmica, só valerá para os gestores que assumirem o cargo a partir da aprovação da lei, o que na prática significa que serão atingidos somente os auxiliares do novo prefeito, que toma posse a partir de 2013.
O principal obstáculo para o projeto é a agenda da Câmara Municipal, que deverá se voltar para temas mais espinhosos, como o julgamento das contas do prefeito João Henrique. “Acho difícil votarmos no primeiro semestre”, adianta o líder governista Téo Senna. No segundo semestre, contudo, a casa tradicionalmente fica esvaziada por conta das eleições.
Fernando Amorim /Agência A TARDE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seja responsável