terça-feira, 26 de novembro de 2024

Noticias de Ilhéus

Studio de Dança Eliana Fonseca celebra Consciência Negra com exposição histórica promovida por alunos

No último dia 20 de novembro, o Studio de Dança Eliana Fonseca, localizado em Ilhéus, marcou o Dia Nacional da Consciência Negra com uma exposição impactante que retratou a trajetória e as conquistas de bailarinos negros na cidade. Reconhecida por seu pioneirismo, a escola é referência na promoção da inclusão e representatividade no ballet clássico, um espaço historicamente elitizado e

dominado por padrões eurocêntricos.

A exposição reúne fotografias, livros que contaram histórias dos afrodescentes em diáspora, com riqueza de detalhes, cores vibrantes e muita informação. A curadoria do evento ficou com os bailarinos que foram envolvidos na atividade desde o 1 ano e 8 meses até os adultos. Entre os destaques, estavam muitas pinturas produzidas pela turma do Baby Fralda, muitas bonecas que chamaram a atenção dos visitantes, em especial das crianças que se viram representadas.

O Studio E, surge da necessidade de acolhimento e valorização das bailarinas e bailarinos negras (os), a Diretora Eliana Fonseca nos conta ainda que: "sofreu muito preconceito durante a infância por ser a única bailarina negra, e por conta disso era sempre colocada ao fundo do palco" e quando surgiu a

oportunidade de abrir sua escola, após se capacitar para, teve como missão mostrar que o ballet clássico também é lugar de pessoas pretas, e nesse sentido um grande avanço foi a adoção pela escola de sapatilhas e meias no tom da pele negra, um símbolo de resistência e

pertencimento. Essa prática, adotada pelo Studio E, que parece simples, entretanto rompe com o padrão tradicional do ballet clássico, que há séculos uniformizou os acessórios de dança em tons rosados, invisibilizando bailarinos de pele escura de ter o sentimento de pertencimento, antigamente para tê-las num tom adequado, era preciso pintá-las, e com isso as sapatilhas reduziam sua vida útil.

A Diretora nos explica que a decisão de implementar as sapatilhas e meias nos tons de pele negra vai além da estética. "É sobre dar aos nossos bailarinos a oportunidade de se enxergarem na arte, de ocuparem o palco com dignidade, de quebrar estereótipos. O ballet pode e deve acolher a diversidade", afirmou. 

Além da exposição, o evento contou com apresentações e workshop de Capoeira, Hip-Hop e Dança Afro-brasileira. Outra importante ação foi a distribuição de livrinhos de Afrobetização do projeto desenvolvido pela Profa. Bia Barreto intitulado "Corporalidades Afrodiaspóricas numa Caligrafia Afrobetizada", outro ponto alto foi a distribuição para as bailarinas de adereços voltados para a temática. O Studio E tem em seu corpo de baile, alunas bolsistas socioeconomicamente vulneráveis, e em sua grande maioria bailarinas (os) negros, que através de uma audição anual tem a possibilidade de ter aulas com bolsas integrais. E essa atitude vem demonstrando como a arte pode transformar vidas.

Além das aulas de ballet, o Studio oferece suporte psicológico, nutricional e projetos de incentivo à leitura, reforçando o compromisso com a valorização das raízes e identidades negras.

A exposição emocionou o público e reafirmou o papel do Studio de Dança Eliana Fonseca como agente de transformação social e cultural. Para os visitantes, foi uma oportunidade de reconhecer que, na dança, assim como na sociedade, a diversidade é essencial para criar um futuro mais justo e representativo.

_Por: Lis Fonseca_

_Assessoria de Comunicação_

_Supervisão: Eliana Fonseca_

 Prefeitura inicia trabalho de preservação do acervo histórico de Ilhéus

Projeto visa proteger e conservar documentos essenciais para a história do município

A Prefeitura de Ilhéus deu início ao trabalho de preservação do acervo do Arquivo Público Municipal, com as atividades realizadas, inicialmente, em uma sala dedicada no Museu da Capitania, sob responsabilidade das museólogas Vitória Carvalho e Juliane Silva. O processo inclui a limpeza meticulosa de cada folha, garantindo a integridade dos documentos, utilizando-se de técnicas e EPIs adequados. Posteriormente, os arquivos serão transferidos para uma sala climatizada na Casa Jorge Amado, garantindo condições adequadas para sua conservação a longo prazo. Este é um processo longo e cuidadoso, que exige paciência e dedicação para garantir a preservação dos documentos por muitos anos.

O projeto é fruto de um Termo de Cooperação Técnica firmado entre a Prefeitura, por meio das secretarias de Gestão e Cultura, e o Centro de Estudos e Pesquisa de Olivença e Ilhéus (CEPOI)/Museu da Capitania. A parceria reflete o compromisso com a preservação da memória histórica de Ilhéus, e é fundamental que a sociedade reconheça a importância desse trabalho e se envolva no apoio à sua continuidade, tanto hoje quanto no futuro.

A conservação desses documentos históricos não apenas preserva a história do município, mas também ressalta a importância do esforço coletivo para garantir que as futuras gerações possam acessar e aprender com esse legado.

Ascom 

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