Capitão Azevedo |
No jogo das composições, o capitão Azevedo, pré-candidato a prefeito de Itabuna pelo PDT, vem deixando os adversários para trás.
O ex-alcaide é o primeiro a dar início a formação de um bloco, que pode ser chamado de "bloco dos prefeituráveis", tendo como integrantes o vice-prefeito Enderson Guinho, a delegada Lisdeili Nobre, ambos do União Brasil, e o deputado estadual Fabrício Pancadinha (Solidariedade).
Azevedo é quem melhor se movimenta no processo sucessório, não só na busca do voto como nas articulações de bastidores, longe dos holofotes e do povão de Deus.
O trio partidário PDT/União Brasil/Solidariedade, que já conta com o aval e o incentivo de ACM Neto e do deputado federal Félix Mendonça, respectivamente secretário nacional do UB e presidente estadual do PDT, pode se transformar em uma espécie de "federação".
Esse agrupamento tem nas pesquisas de intenções de voto mais de 45% do eleitorado. Disse ontem na *Coluna Wense* que uma majoritária com Azevedo e Pancadinha, rotulada de *"Chapa do Povão"*, seria imbatível. O parlamentar, em conversas reservadas, tem dito que fará de tudo para evitar o segundo mandato de Augusto Castro (PSD-reeleição), não descartando ser vice de Azevedo.
Do quarteto, a chance de Enderson Guinho e Lisdeili Nobre de ser o candidato ou a candidata da "federação" na sucessão de 2024 beira a zero. A melhor opção para Azevedo ou Pancadinha é Lisdeili como vice, dando assim um toque feminino na majoritária. O vice-prefeito disputaria uma vaga na Câmara de Vereadores.
Esse, digamos, ajuntamento partidário teria um bom tempo na televisão e no rádio, sem falar em um invejável fundo eleitoral, principalmente por parte do União Brasil.
A impressão que fica em toda essa movimentação do capitão Azevedo, considerado o prefeiturável mais carismático, é que ele tem privilegiadas informações de que Pancadinha não será candidato no concorrido pleito de 2024.
Como sempre digo, o cenário só vai ficar mais transparente com a proximidade das convenções partidárias. Até lá muitas surpresas e sobressaltos.
SUCESSÃO DE ILHÉUS E OS "TRÊS MOSQUETEIROS
Jabes Ribeiro |
Jabes, ex-deputado federal, já foi gestor da vizinha e irmã cidade em quatro mandatos. Cacá, ex-vice-prefeito, é da mesma legenda de Jabes. Valderico Júnior, que já foi candidato ao Executivo municipal e ao Parlamento federal, é do União Brasil.
Entre eles um interessante e imprescindível acordo, tendo como ponto de partida as pesquisas de intenções de voto, que hoje mostra Jabes, em todas as enquetes, incluindo as do governo do Estado, na dianteira do pleito sucessório de 2024.
Já é dado como favas contadas que o ex-gestor, secretário-geral do Partido Progressista (PP) da Boa Terra, será o nome que irá encabeçar a majoritária, disputando assim o quinto mandato.
E qual seria esse acordo entre as três principais lideranças de oposição ao governo Mário Alexandre, impedido por força da legislação eleitoral de disputar o terceiro mandato consecutivo ou, se o caro e atento leitor preferir, à re-reeleição ?
O melhor colocado nas consultas, entre Cacá e Valderico, seria o vice de Jabes. No caso de Cacá, estando em melhor posição, a filiação a outra legenda pode ser a solução para evitar uma chapa puro-sangue, PP e PP. Obviamente que se Valderico estiver na frente de Cacá, será o vice de Jabes.
Se Jabes desistir da pré-candidatura, o melhor posicionado nas pesquisas será o candidato a prefeito com o apoio do ex-gestor.
A unânime opinião entre o eleitorado é que Jabes Ribeiro é um fortíssimo prefeiturável, tendo como maior "cabo eleitoral" a alta rejeição a Marão, como é mais conhecido o chefe do Palácio Paranaguá.
O bom diálogo entre os "três mosqueteiros" passa a ser a grande dor de cabeça para a base desalinhada do governo jeronista na vizinha e irmã Ilhéus.
A VINDA DE BOLSONARO A ITABUNA
Bolsonaro |
O PL de Itabuna tem a missão de convencer João Roma de que a presença do ex-presidente Bolsonaro na cidade é importante e imprescindível para o prefeiturável Chico França.
Politicamente falando, a ausência do ex-chefe do Palácio do Planalto seria um desastre para o pré-candidato Chico França. Vale lembrar que Chico é quem preside o diretório municipal.
Visitar a vizinha e irmã Ilhéus e não vim a Itabuna pode provocar um desânimo no bolsonarismo de Itabuna e, como consequência, na campanha de Chico, oxigenando o disse-me-disse de que poderá desistir de postular o cobiçado comando do centro administrativo Firmino Alves.
Portanto, todo o esforço deve ser feito para que Bolsonaro, que é o maior "cabo eleitoral" da direita, venha a Itabuna, sob pena de causar um gigantesco constrangimento ao prefeiturável Chico França.
Nas conversas reservadas, entre correligionários mais próximos e da confiança de Chico, que são poucos, já há um consenso de que a vinda de Bolsonaro pode acrescentar preciosos pontos nas pesquisas de intenções de voto. Quem sabe até chegando perto dos 5%.
A dúvida, que já começa a provocar burburinhos nos bastidores da sucessão, longe dos holofotes e do povão de Deus, é se os outros prefeituráveis bolsonaristas, citando como exemplo o médico Isaac Nery, do Republicanos, vão ser convidados para recepcionar o ex-morador mais ilustre do Alvorada.
A opinião sobre a participação de pré-candidatos bolsonaristas na comitiva que vai receber Bolsonaro, que se encontra inelegível por força de decisão da Justiça Eleitoral, está dividida.
No mais, dizer novamente que o não comparecimento do ex-presidente da República seria horrível para Chico França. O discurso de que João Roma, presidente estadual do PL, abrigo partidário do "mito", trata com desdém o processo sucessório de Itabuna ficaria mais consistente.
No movediço, cruel e traiçoeiro mundo da política, a versão pode ser mais forte que os fatos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seja responsável