Onda de demissões e crise financeira nas prefeituras. A queda no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) tem gerado uma série de dificuldades para gestores em diversas cidades brasileiras. O prefeito de Ilhéus, Marão (PSD), que é o 1° secretário da Associação dos Municípios do Sul, Extremo Sul e Sudoeste Baiano (Amurc), dialoga de forma frequente com chefes do Poder Executivo da região a fim de endossar a luta e junto à União dos Municípios da Bahia (UPB), buscar soluções emergenciais para minimizar os impactos.
Mesmo com a queda de receitas, Marão lembra que Ilhéus mantém o equilíbrio financeiro, através do trabalho responsável e transparente realizado nos últimos sete anos. Contudo, a redução do repasse pode afetar áreas como Saúde, Educação e Infraestrutura.
Algumas prefeituras nordestinas precisaram “cortar na própria carne” para amenizar os efeitos, adotando medidas drásticas de contenção de despesas, que incluem redução de salário e demissão de servidores contratados e comissionados. De acordo com a UPB, o FPM é a principal receita de 80% dos municípios baianos.
Marão defende a união efetiva dos prefeitos e um auxílio financeiro transferido pela União. Conforme o gestor ilheense, a ajuda representa uma saída no curto prazo para salvar as contas públicas. “Não temos como arcar com todas as despesas e a redução do FPM pode causar efeitos negativos nas principais áreas, apesar de todos os investimentos realizados para garantir a qualidade dos serviços prestados ao nosso povo”, destacou.
A população precisa compreender a realidade e os esforços envidados para que a Prefeitura possa cumprir com todas as suas atribuições, em atendimento à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “Vamos continuar mobilizados, principalmente em prol dos municípios que dependem exclusivamente do FPM para sobreviver”, completou Marão.
Ascom
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