Tributo para o poeta Plinio de AlmeidaFoi um mestre geral
Procedente de Santo Amaro da Purificação município do Recôncavo baiano faleceu de infarto em 26 de setembro de 1976, numa exposições de artes do artista Chollo" na antiga dependência da loja Móveis Itarte. Avenida Adolfo Msron, Itabuna; "O seu grande coração de emoção parou", assim foi a manchete do Diário de Itabuna, onde era publicado "Nos pensamos assim!" (o editor)
Poeta, orador, Jornalista, pintor, escritor, desenhista amador, ex-vereador em Santo Amaro, vereador em Itabuna e criador de passarinhos, Plínio de Almeida foi, como veem, um homem de sete instrumentos.
Nascido na velha cidade dos engenhos de açúcar – Santo Amaro da Purificação, pai de nove filhos, chegou a Itabuna em 1951.
Foi membro da Academia de Letras de Ilhéus e da Academia Castro Alves. Pertenceu também à Casa Euclidiana, da qual foi Embaixador no Estado da Bahia.
Seu primeiro emprego foi o de caixeiro de padaria, na cidade de Cachoeira. Seria mais tarde, redator de “O Estado da Bahia” e do “Diário da Bahia” e colaborador de “A Tarde”. No Rio, escreveu para “Vida Doméstica” e “O Malho”.
É autor dos seguintes livros: “A Grande Mensagem”, “Datas Históricas de Santo Amaro”, “Poetas da Emoção e da Saudade”, do romance “Chão de Massapê" e de dois livros de versos: “Asas” e “Fulô de Pau D’Arco”.
Plínio foi também pintor, e como pintor realizou 26 exposições no Brasil e no exterior. Apareceu em três Antologias diversas sobre poetas baianos de várias gerações e, em 1936, foi enviado a Portugal como “Embaixador da Cultura Baiana”.
Sócio efetivo do Conselho Nacional de Geografia, correspondente da Sociedade de Geografia de Montevidéu, trabalhou para as emissoras de radio Nacional e Tupy do Rio de Janeiro.
Em Itabuna foi professor e político, ensinou em várias escolas. Também trabalhou no jornal “Diário de Itabuna” e na Rádio Jornal, onde apresentou a crônica "Nós pensamos assim!", que era um grande sucesso de público ouvinte.
Faleceu em Itabuna dia 26 de Setembro de 1976.
Fonte de pesquisa:
(Figuras e fatos de ITABUNA)
HELENA MENDES
UM TEMPO LUZ
In-memorem Plinio de Almeida
Ainda menino
Com o meu carrinho
De uma roda só
Pegando carrego
Na cabeceira da ponte
Do Conceição
Ouvindo o tocar, o badalar
Dos sinos...
Via o poeta passar
Para lá, para cá
Para cá, para lá...
Mestre do educar
Do pintar e do editar
Com o "Nós Pensamos Assim"
Ao jornal e ao rádio entregar
Para publicar e anunciar....
E nessa rotina
Sobre o RIo Cachoeira
De águas limpidas e cristalinas...
Hoje poluído!
Nunca mais o poeta!
Restou à sua arte...
A sua luz!
Que nos reluz...
Mas ficou o menino!
Preso às lembranças
Ainda ouvindo o cantar
Dos sinos
De um grande professor
Que conheceu um dia.
No som do rádio...
E no datilografar
Do seu "Nós Pensamos Asiim!".
Joselito dos Reis
25.09.2023.
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