segunda-feira, 25 de setembro de 2023

"26 de setembro de 2023" 47 anos sem Plinio de Almeida

Foi um mestre geral
Tributo para o poeta Plinio de Almeida

Procedente de Santo Amaro da Purificação município do Recôncavo baiano faleceu de infarto em 26 de setembro de 1976, numa exposições de artes do artista Chollo" na antiga dependência da loja Móveis Itarte. Avenida Adolfo Msron, Itabuna; "O seu grande coração de emoção  parou", assim foi a manchete do Diário de Itabuna, onde era publicado "Nos pensamos assim!" (o editor)

Poeta, orador, Jornalista, pintor, escritor, desenhista amador, ex-vereador em Santo Amaro, vereador  em Itabuna e criador de passarinhos, Plínio de Almeida foi, como veem, um homem de sete instrumentos.

          Nascido na velha cidade dos engenhos de açúcar – Santo Amaro da Purificação, pai de nove filhos, chegou a Itabuna em 1951.

          Foi membro da Academia de Letras de Ilhéus e da Academia Castro Alves. Pertenceu  também à Casa Euclidiana, da qual foi Embaixador no Estado da Bahia.

          Seu primeiro emprego foi o de caixeiro de padaria, na cidade de Cachoeira. Seria mais tarde, redator de “O Estado da Bahia” e do “Diário da Bahia” e colaborador de “A Tarde”. No Rio, escreveu para “Vida Doméstica” e “O Malho”.

          É autor dos seguintes livros:  “A Grande Mensagem”, “Datas Históricas de Santo Amaro”,  “Poetas da Emoção e da Saudade”,  do romance “Chão de Massapê" e de dois livros de versos: “Asas” e “Fulô de Pau D’Arco”.

          Plínio foi também pintor, e como pintor realizou 26 exposições no Brasil e no exterior. Apareceu em  três Antologias diversas sobre poetas baianos de várias gerações e, em 1936, foi enviado a Portugal como “Embaixador da Cultura Baiana”.

          Sócio efetivo do Conselho Nacional de Geografia, correspondente da Sociedade de Geografia de Montevidéu, trabalhou para as emissoras de radio Nacional e  Tupy do Rio de Janeiro.

          Em Itabuna foi professor e político, ensinou em várias escolas. Também trabalhou no jornal “Diário de Itabuna” e na Rádio Jornal, onde apresentou  a crônica "Nós pensamos assim!", que era um grande sucesso de público ouvinte.

          Faleceu em Itabuna dia 26 de Setembro de 1976.

Fonte de pesquisa:

(Figuras e fatos de ITABUNA)

HELENA MENDES


 UM TEMPO LUZ

                In-memorem Plinio  de Almeida 

Ainda menino 

Com o meu carrinho 

De uma roda só 

Pegando carrego 

Na cabeceira da ponte 

Do Conceição 

Ouvindo o tocar, o badalar

Dos sinos... 

Via o poeta passar 

Para lá, para cá 

Para cá, para lá...

Mestre do educar 

Do pintar e do editar

Com o "Nós Pensamos Assim"

Ao jornal e ao rádio entregar

Para publicar e anunciar....

E nessa rotina 

Sobre o RIo Cachoeira 

De águas limpidas e cristalinas... 

Hoje poluído!

Nunca mais o poeta!

Restou à sua arte... 

A sua luz!

Que nos reluz...

Mas ficou o menino!

Preso às lembranças 

Ainda ouvindo o cantar 

Dos sinos 

De um grande professor

Que conheceu um dia.

No som do rádio...

E no datilografar  

Do seu "Nós Pensamos Asiim!".


Joselito dos Reis 

25.09.2023.

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