terça-feira, 18 de julho de 2023

Defesa de Bolsonaro critica ‘absurda tentativa’ de monitoramento político

Advogados de ex-presidente expõem preocupação com liberdade de pensamento e opinião, após PGR pedir dados de seus seguidores


Do - Diario do Pider - Os advogados do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) divulgaram comunicado à imprensa, nesta terça-feira (18), em que criticam a o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para ter acesso aos dados de identificação de seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais. A defesa de Bolsonaro considerou a iniciativa como uma ‘absurda e inaceitável tentativa de monitoramento político”, sem conexão com a investigação do ex-presidente sobre os ataques de 8 de Janeiro.

A nota assinada pelo ex-ministro da Secom, Fábio Wajngarten, e pelos também advogados do ex-presidente Daniel Bettamio Tesser e Paulo Amador da Cunha Bueno, ressalta que Bolsonaro reitera que este jamais incitou, induziu ou teve participação em quaisquer dos atos havidos na Praça dos Três Poderes, em 8 de Janeiro. E lembra que Bolsonaro fez e faz questão de posicionar-se contra os ataques que destruíram as sedes dos Poderes da República.

“Causa, no entanto, espécie e grande preocupação com o exercício da liberdade de pensamento e opinião, que se pretenda requerer aos servidores provedores de redes sociais o envio da lista completa e respectivos dados de identificação de todos os seus seguidores em redes sociais”, diz um trecho da nota.

Após afirmar que o pedido da PGR não tem conexão lógica com o fato em apuração, os advogados destacaram que Bolsonaro já prestou declarações, esclarecendo todas as circunstâncias. “[…] Tratando-se de inaceitável e absurda tentativa de monitoramento político”, concluíram os advogados do ex-presidente.

Além da lista completa com os nomes e dados de identificação de todos os seguidores do ex-presidente, o subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, pediu que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determine que as big techs Instagram, LinkedIn, TikTok, Facebook, Twitter e YouTube, informem quantidades de comentários, curtidas, visualizações, compartilhamentos e “demais métricas aferíveis” das publicações de Bolsonaro sobre “eleições, urnas eletrônicas, Tribunal Superior Eleitoral, Supremo Tribunal Federal, Forças Armadas e fotos e/ou vídeos com essas temáticas”.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seja responsável

Mais de 80% das pastagens do Sul da Bahia podem ser convertidas em Sistemas Agroflorestais com cacau

Servidoras denunciam mais casos de assédio, desta vez no Ministério da Justiça

Ofício cita investigação de diretores e ex-diretores pela fuga de Mossoró O Ministério da Justiça afirmou por meio de nota estar ciente das ...