segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

Financiamento do BNDES no exterior burla licitação

 

Cláudio Humberto
COLUNA CH / 6 DE FEVEREIRO

Financiamento do BNDES no exterior burla licitação e dribla o Senado

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BNDES já foi o centro de denúncias de corrupção. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasila
BNDES já foi o centro de denúncias de corrupção. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasila

Do - Diário do Poder - Suspenso desde a Lava Jato, o financiamento de obras no exterior com recursos do BNDES, que agora o requentado governo Lula pretende adotar, bancando o gasoduto na Argentina, segue a fórmula malandra, turbinada nas primeiras gestões petistas, de transferir para empresas “amigas” montanhas de dinheiro do Tesouro Nacional sem licitação, sem fiscalização e sem controle. Chamada de “exportação de serviços”, a esperteza dribla a norma constitucional de aprovação prévia no Senado.

Carimbo ‘secreto’

O esquema iniciava em acordo do Brasil com o país beneficiado para “exportar serviços”. O acordo, claro, logo recebia a chancela: “secreto”.

Como faca no queijo

O BNDES não transfere o dinheiro para o país onde se realiza a obra e sim à empreiteira. No Brasil e em reais. Facinho assim, sem licitação.

Bye, bye, Brasil

Só em 2012, US$2,17 bilhões do BNDES foram pagos a empreiteiras brasileiras nesse esquema. Em 2013, até setembro, US$1,37 bilhão.

Dinheiro pelo ladrão

O BNDES vai dar “adeus” aos R$3,5 bilhões a serem gastos no gasoduto na Argentina, assim como no Porto Mariel, em Cuba, de valor idêntico.

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