quarta-feira, 5 de outubro de 2022

Roma diz que “neutralidade” de ACM Neto enfraquece engajamento de eleitores de Bolsonaro

João Roma: “É muito pouco provável que um eleitor de Lula vá votar no ex-prefeito ACM Neto”.

Odeputado federal e ex-ministro da Cidadania, João Roma (PL), disse que a não manifestação de apoio do candidato a governador ACM Neto (União Brasil) pode ser uma barreira para que eleitores que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL) na Bahia e que votaram nele e na candidata ao Senado, Raíssa Soares (PL), escolham o ex-prefeito de Salvador nas urnas no próximo dia 30.

“É muito pouco provável que um eleitor de Lula vá votar no ex-prefeito ACM Neto porque o 13 vai ter o candidato 13 na Bahia. Não manifestar, portanto, esse posicionamento enfraquece a chegada desses eleitores de Bolsonaro”, avaliou Roma, na manhã desta quarta-feira (5), em entrevista à Rádio A Tarde FM, de Salvador.

O ex-ministro da Cidadania disse que essa postura do eleitorado independe da posição dele e de Raissa Soares.

“O eleitor de Bolsonaro está vendo a importância dessa eleição para o futuro do Brasil. Ele almeja votar em um candidato que esteja vinculado ao presidente”, explicou Roma.

Ele, entretanto, afirmou que fez questão se manifestar politicamente com clareza.

“Eu não estarei apoiando o PT nem na Bahia nem no Brasil”, salientou Roma, que criticou a posição do ex-prefeito de Salvador de não definir apoio nacional também no segundo turno das eleições estaduais.

O ex-candidato do PL ao governo da Bahia comentou ainda que a neutralidade de ACM Neto no segundo turno “não gera entusiasmo em mim nem em nenhum eleitor do presidente Bolsonaro. As manifestações nas redes sociais, mesmo durante a nossa live [realizada na noite de terça-feira], demonstravam que muitos ficam desestimulados em apoiar o ex-prefeito que, mais uma vez, quer as benesses de uma fatia do eleitorado, mas não consegue se comunicar adequadamente com essa fatia”.

Roma citou, por exemplo, a questão da diminuição de impostos e da pauta de costumes. “Que estrutura de liderança é essa que não consegue sequer manifestar opinião sobre o que nós queremos para o futuro do Brasil”, indagou. O ex-ministro da Cidadania citou frase do ex-presidente norte-americano FranKlin Roosevelt, segundo quem “o caminho para o insucesso certamente é querer agradar a todos”.

O deputado federal João Roma ainda ressaltou que questões pessoais não determinam as decisões políticas dele. “Nosso papel como líder político e homem público é não deixar diminuir as discussões sobre o futuro da Bahia e do Brasil a questões pessoais. O que temos que tratar com clareza é a nossa responsabilidade perante o futuro da população”, enfatizou.

“A minha posição não significa a superação de qualquer assunto. A minha posição não significa aproximação pessoal, significa posicionamento político, o que eu acredito para o futuro da Bahia e o futuro do Brasil”, declarou Roma.

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