BUERAREMA SE FIRMA NA LIDERANÇA.
GARANTE VITORIA DE BOLSONARO E CHAMA À ATENÇÃO DE LIDERANÇAS POLITICAS E
EMPRESARIAIS DO SUL DO BRASIL.
Da Comissão representativa do Povo de Buerarema - Conhecida como a cidade da
resistência e com o slogan “Meu voto têm memoria e não esqueceu das vitimas da
farsa da demarcação”, a população impôs mais uma derrota ao partido dos
Trabalhadores na Bahia. O Senador eleito Esperidião Amim e o
empresário Luciano Hang demonstraram uma atenção especial ao município Sul
Baiano enviando mensagens de apoio os munícipes.
Milhares de Bueraremenses e da região
migraram para o Vale do Itajaí em especial ao município de Brusque, fruto do
conflito instalado na região que desabrigou mais de cinco mil pequenos
agricultores. A demarcação é considerada uma farsa tanto pela população, como
pela CPI da FUNAI, os Agricultores associam esse
genocídio aos Governos Lula, Wagner e Dilma.
Uma carta foi assinada pela população
e deverá ser entregue em mãos do futuro presidente Jair Bolsonaro. Lideranças
locais falam em preparar um grande projeto de recuperação sócio econômica para
o soerguimento da economia dos municípios envolvidos, esperam ainda, o fim do
conflito com a suspensão da demarcação.
Perguntado se o prefeito atual tem
apoiado o movimento, foi dito que é difícil afirmar, já que a aproximação do alcaide
com a aldeia é bastante evidente, informam que o atual secretário de
agricultura do município foi um dos principais colaboradores do pseudo Cacique
Babau, porém um gesto do prefeito nessa direção deverá ser clara e objetiva, “chega
de faz de conta num assunto tão sério”.
Dentro em breve será realizado um
encontro promovido por lideranças locais com o apoio da UDP – União em Defesa
da Propriedade para discutir pontos da carta, enviada ao Presidente eleito,
Bolsonaro, afirma Luiz Henrique Uaquim.
Outra liderança a ser convidada a
participar e unir forças com as lideranças do Estado de Santa Catarina
deverá ser a Deputada Federal Eleita Daiane Pimentel. Uaquim afirma
que a garantia dos direitos de propriedade, um dos pilares da democracia
norteou a decisão da população de Buerarema.
Veja cópia da carta que será encaminhada:
Buerarema, 27 de Outubro
de 2018
Exmo Sr.
Jair Messias Bolsonaro – Dep. Federal e Presidenciável
Referencia: Relatório
FUNAI , DOU 20/04/2009
(Demarcação de terras indígenas em Ilhéus, Una e Buerarema)
Excelência,
Nós, Agricultores de Ilhéus, Una e
Buerarema, representamos cerca de 18.000 pessoas da região sul da Bahia, que
vivem momentos de grande apreensão. Trata-se de gente que movimenta os mercados
produtor e consumidor do Estado, gera emprego, renda e impostos, mantendo a
economia ativa, o que reforça as
condições de governabilidade, que nos
mantém unidos.
Essa gente trabalha e vive em terras que
adquiriu há mais de cem anos, de forma
legal e produtiva, através de muito esforço e trabalho.
Ocorre, porém, que uma confusão foi gerada pelo órgão
federativo Funai, que resolveu, a despeito de quaisquer implicações, sem
nenhuma consulta aos órgãos federados, e sem base técnica, que as nossas
terras deveriam ser demarcadas em favor
de uma etnia indígena (desconhecida na região). E isso, de imediato, incitou
possíveis descendentes indígenas, de origens as mais variadas, a reivindicar
terras alheias, de formas até violentas, estabelecendo um ambiente de conflito
armado na região. Fomos obrigados a um custo de defesa alto, alheio aos nossos
objetivos de trabalhadores, produtores e empresários, para, via estudos de
antropologia, história e direito, contestar o relatório de demarcação da Funai.
E esse custo será ainda maior, se a leviandade da política arbitrária da Funai
insistir em desapropriar os mais de 18 000 cidadãos.
A área conflituosa definida
por 47.376hac , abriga o modelo de
desenvolvimento sustentável na agricultura familiar, aos assentamentos e
representa a conquista daqueles que foram escravizados em toda historia desse
País; Os Negros. Hoje a região revela um quadro indissolúvel, pois, registra;
3.000 famílias de agricultores familiar, divididos em i numeras associações,
dois assentamentos afetados, alguns em parte e outros em suas totalidades,
associação de Quilombolas, onde o Negro representa em toda área mais de 30% de
toda população, diga-se aproximadamente 3.000 Negros.
Os registros policiais indicam ,
neste momento, que algumas lideranças
Indígenas contratam marginais fortemente armados, para invadir mais de 40 pequenas roças, com proprietários acima de 80
anos, conforme denuncia na Delegacia de Policia Federal de Ilhéus, paga a esses
pistoleiros, com recursos da venda dos nossos produtos retirados das nossas
roças invadidas, e, após implantar um forte terrorismo na região, sem número
suficiente, abandona as propriedades na certeza de que os proprietários não
mais retornarão.
A cidade de Buerarema se encontra
destruída sócio-economicamente, pois perdeu
o seu poder de produção , que sempre foi do campo, e registra o maior
êxodo em direção ao sul do Pais , onde Brusque abriga mais de 8.000 cidadãos
Bueraremenses, assim, a despeito da injustiça que por ventura se tenha cometido
com os povos indígenas , ao longo da historia, há que se observar o estado
democrático de direito, sob o qual a vida social se norteia. As demandas no pais por serviços públicos,
abrangem a todos , e decerto aos supostos indígenas, mas não menos aos Pequenos
Agricultores. Assim , entendemos que está havendo uma confusão entre uma grande
demanda por serviços do Estado com uma demanda por terras com propriedades bem
definidas, logo, demarcação de terras indígenas em áreas de Pequenos
Agricultores com títulos de terras
com mais de cem anos, pode ser a
gota d’agua para frustrar o desenvolvimento sócio-economico de toda região, e
porque não do nosso país.
A SOLUÇÃO PARA O PROBLEMA
(Conforme Min. Ilmar Galvão , em
seu parecer anexo ao processo de nossa defesa)
“ O que fazer o governo
sabe, como fazer , é que até agora nunca disse”
É fora de dúvida que, suposto haverem remanescentes dos indígenas de
Olivença vivendo eventualmente como selvagens – o que não restou demonstrado
pelo Relatório da Comissão e Identificação e Delimitação – sem disporem de uma
área onde possam viver em caráter permanente, utilizando-a para suas atividades
produtivas e para sua reprodução física e cultural, a solução do problema não
pode ser dada por meio de simples demarcação de terras devolutas da União,
inexistentes na área, nem, muito menos, mediante a conduta de ter-se,
abruptamente, por nulos títulos de propriedades legitimamente conferidos a seus
ocupantes pelo poder público, decretando o seu desapossamento, manu militari,
como se de intruso se tratasse. Principalmente, sem que lhes tenha sido
facultado o sagrado direito de defender-se, sob o crivo do contraditório e do
devido processo legal.
Consiste, a alternativa, na criação de uma RESERVA INDÍGENA, espécie
que já fora prevista pela Lei nº 605/1850, a qual se distingue de áreas
Tradicionalmente ocupadas pelos indígenas por não revestir o caráter de direito congênito ou originário, como
esta.
A Lei nº 6001/73, no art. 26 cuida da espécie.
As nossas reivindicações no momento é pela
reintegração imediata das fazendas invadidas nestas condições de pistolagem,
bem como, pelo arquivamento urgente dessa tentativa equivocada de demarcação, construindo-se uma negociação
onde os Entes Federativos e Particulares, participem do processo de demarcação,
como tem sido em outros Estados..
Resumindo, trata-se de uma região
de agricultura familiar, com políticas públicas definidas, digo: Luz para
todos, Água para todos, Pronaf, etc., que contemplam, também, área urbana, de
empresas, comércio e residências, totalizando 18.000 cidadãos. As áreas se
encontram consolidadas, mantendo uma cadeia produtiva que atinge R$
35.000.000,00/ano, registrando uma renda per capta de R$ 800,00/família/mês. Os
municípios perderão arrecadação (ITR...), poder de produção e de geração de
empregos, desarticulando a cadeia produtiva, aumentando os bolsões de miséria;
uma política que não se justifica em regiões de baixa renda, pois o governo não
pode trocar apenas de mãos; todos independentes da etnia, temos o direito de
viver e produzir.
Isto posto, solicitamos de V. Excia.,
espaço para uma audiência com nossa
representação, a fim de reforçarmos nossos clamores por um final breve e
conveniente a todos. Pelo que, antecipadamente, agradecemos.
“SE HÁ CONFLITO NÃO HÁ DE HAVER
HOMOLOGAÇÃO”
Atenciosamente,
Comissão representativa do Povo
de Buerarema e outros abaixo assinados.
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