Ao dar a ordem de serviço na semana passada para as obras de saneamento dos bairros Maria Pinheiro e Daniel Gomes, o prefeito Capitão Azevedo começou a compensar 30 anos de atraso de uma região densamente povoada, mas que carecia de serviços básicos essenciais para obtenção de uma vida com o mínimo de dignidade.
Uma moradora do bairro comentava: “meus filhos vivem doentes por causa desse esgoto aqui em frente à minha casa”. Com as obras, ela acredita que essa realidade vai ser uma página virada na sua história de vida.
As obras já foram iniciadas e trazem a expectativa de dias melhores para quem tanto esperou pela ação do poder publico, que, diga-se de passagem, não estaria fazendo nenhum favor, mas sim a sua obrigação. Essa consciência não faltou ao Capitão Azevedo, que buscou recursos junto ao Governo Federal e foi atendido em mais esse pleito, para alívio de toda essa gente do Maria Pinheiro e do Daniel Gomes.
Constam do projeto a instalação de equipamentos como quadra esportiva, creche e um centro multifuncional, construção de casas, além, é claro, de intervenções na infraestrutura dos bairros – rede de esgoto, pavimentação -, que irão promover na comunidade uma mudança radical na qualidade de vida, oferecendo às pessoas mais dignidade e principalmente saúde, que aquela nossa “moradora” vai garantir à sua família.
É sem sombra de dúvida mais um gol de placa que o Capitão Azevedo está marcando como chefe do executivo municipal. Muito mais que promessas políticas, está o compromisso do gestor com o seu povo. Ganha nesse jogo o itabunense, que está vendo a cada dia frentes de trabalho sendo abertas de norte a sul, leste a oeste da cidade.
Essas intervenções não vão parar por aí. Em recente visita a Itabuna o ministro das Cidades Mario Negromonte garantiu novo aporte de recursos para mais uma leva de bairros, que vão receber obras de infraestrutura e saneamento básico, como ocorreu no Maria Pinheiro e no Daniel Gomes. Esse pacote de obras deverá ser anunciado nos próximos dias pelo prefeito, que vai dar aos moradores dos oito bairros a serem contemplados o melhor presente (já que estamos próximos do Natal) que se poderia esperar. Mas, como já afirmado neste texto, quando assim age, o gestor está simplesmente cumprindo uma obrigação.
BOLSA RENDA MUNICPAL –
MAIS DO QUE APOIO, UMA OPORTUNIDADE
Há três anos, a Prefeitura de Itabuna criou o programa Bolsa Renda Municipal, subsidiado exclusivamente com recursos próprios e que teve como referência o Cadastro Único para os Programas Sociais (CADÚNICO) levando-se em conta as 6.000 (seis mil) famílias que estavam no perfil do Bolsa família, mas não eram atendidas pelo programa federal. Assim como a ação do Governo federal, o Bolsa Renda teve impacto positivo nas camadas sociais consideradas abaixo da linha de pobreza.
O Bolsa Renda tem um grande diferencial a seu favor que é atender de imediato as famílias que não são atendidas pelo Bolsa Família, ou quando o repasse do mesmo é insuficiente para a manutenção dessa família.
O programa reforça a idéia de um avanço consistente no poder aquisitivo de uma classe social que antes vivia sem perspectiva de ingresso no mercado de trabalho, por falta de oportunidade para se capacitar. Um dos requisitos obrigatórios para fazer parte do programa itabunense é que o beneficiário se inscreva e participe nos cursos de qualificação de mão-de-obra.
Desde seu lançamento, o Bolsa Renda já atendeu 1.650 famílias, o que representa o pagamento de R$ 700 mil em benefícios. E o mais importante nessa conta toda são as oportunidades de trabalho que surgiram para as famílias assistidas.
Quem participa do programa, está necessariamente envolvido em algum processo de capacitação: corte costura, arte culinária, Jardinagem, informática, doces caseiros, manicure, cabeleireiro, artesanato em garrafa peti, hortas, envasamento de mel sache, Apicultura - marcenaria e fabrica de vassouras com garrafas pet em implantação, artesanato em argila. Tudo isso com monitores da própria prefeitura e de parceiros como Ceplac, Incamilho, Duplac, Microlins, Harmonia Floreal, Lar Fabiano de Cristo e AETU, ao final de cada capacitação, o trabalhador recebe um certificado, que lhe credencia para o ingresso no mercado. Assim, o programa cumpre sua finalidade, que é reduzir as desigualdades sociais.
O programa Bolsa Renda não tem caráter assistencialista, pois não visa manter os beneficiários na condição de sustentados pelo Estado. Quem vê homens e mulheres envolvidos nas atividades socioeducativas e nos cursos de capacitação oferecidos pela prefeitura, percebe: a força desse programa é a esperança de uma vida melhor.
No banco de dados do município constam milhares de famílias itabunenses que vivem na condição de miséria absoluta e que ainda não foram beneficiadas nem pelo Bolsa Família nem pelo Bolsa Renda. É uma dívida social resultante de anos de desatenção com os mais humildes, o que difere da postura assumida pelo atual governo. Há uma enorme lacuna a ser preenchida e o poder público se compromete a enfrentar esse desafio.
* Jornalista
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