segunda-feira, 4 de abril de 2011

Proposta de Código Florestal satisfaz produtores de cacau

            O deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP) disse sexta-feira, 1º, na Superintendência da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), na Bahia, rodovia Ilhéus - Itabuna, que até o próximo dia 15 apresenta à Mesa da Câmara Federal o relatório sobre o novo Código Florestal Brasileiro. O documento recebeu aprovação da maioria dos produtores de cacau que compareceu ao debate promovido pela Associação dos Produtores de Cacau (APC), no auditório Hélio Reis de Oliveira, do Centro de Pesquisas do Cacau (Cepec). 

            Para o diretor da Ceplac, Jay Wallace da Silva e Mota, o parlamentar paulista teve a oportunidade de apresentar suas reflexões contidas no relatório e colher uma boa receptividade entre produtores de cacau que estão satisfeitos com o relatório e nada têm a acrescentar. “Foi uma boa oportunidade por criar clima de discussão, abrir os olhos daqueles que só tiveram acesso ao tema através filtros da mídia e puderam dialogar diretamente com o deputado Aldo Rebelo”, sublinhou. 

            O diretor explicitou que analistas ambientais da Ceplac e outros especialistas disseram que as alterações feitas no relatório pelo parlamentar satisfazem plenamente o desejo cacauicultores. “A Ceplac, como um órgão da administração direta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, é agente de desenvolvimento do Sul da Bahia e acredita que as conclusões do relatório contemplam as exigências da lavoura cacaueira, um segmento da produção agrícola brasileira que não deve se preocupar em ser atingido, pois, sempre cumpriu espontaneamente a proteção ao meio ambiente e a legislação ambiental, mesmo antes de sua existência no País”, afirmou. 

            “Há 260 anos que a lavoura cacaueira baiana faz conservação ambiental. Tudo o que precisamos para continuar produzindo está no projeto do novo Código Florestal”, disse o presidente da APC, Henrique Almeida. “Deixe-nos implantar essa sua proposta porque nela se concentra o manejo que há dois séculos e meio fazemos na Mata Atlântica, com a exploração do cacau em sistema cabruca, responsável pela manutenção de nascentes e espécies da flora e fauna e toda biodiversidade fato reconhecido por organismos ambientais do mundo”, apelou o engenheiro florestal e pesquisador da Ceplac Dan Lobão ao deputado Aldo Rebelo, para quem há muita mentira e demagogia sobre o projeto.

            Segundo o relator restam apenas o título e o nome do antigo Código Florestal Brasileiro, de 1965. “Mudou-se tudo sem aprovação do Congresso Nacional. As mudanças ocorreram a partir de gente que não conhece o Brasil nem sua realidade. Aliás, uma Resolução Conama, de 2002, perpetrou outras barbaridades ao mudar, por exemplo, o conceito de várzea e proibir a pecuária sustentável do Pantanal. Creio que fizeram por ignorância porque não iriam colocar o cultivo do arroz e o Pantanal na ilegalidade”, sustentou. 

             Para o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Agronegócio do Cacau e Sistemas Florestais Renováveis, Durval Libânio, a Região Cacaueira baiana manteve a biodiversidade, ao longo dos anos, sem a presença de ambientalistas profissionais. “Precisamos nos apropriar desses recursos em benefício da população”, declarou. O evento contou com a participação do superintendente da Ceplac, na Bahia, Antonio Zózimo de Matos Costa; chefes do Centro de Pesquisas do Cacau, Adonias Castro Virgens Filho, e do Centro de Extensão da Ceplac, Sérgio Murilo Correia Menezes; do deputado federal Geraldo Simões (PT-BA),  produtores de cacau, pesquisadores e extensionistas da Ceplac.
           

 ACS/Ceplac/Sueba
Por: Luiz Conceição

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