sexta-feira, 11 de junho de 2021

Ritmo de vacinação do itabunense move novo debate

A matemática da vacinação em Itabuna veio da semana em que chegaram apenas 250 doses e a fase de hoje, com uma média de cinco mil imunizantes a cada sete dias. Este cenário de melhores perspectivas foi relatado pela secretária municipal de Saúde, Dra. Lívia Mendes, durante sessão especial na Câmara quinta-feira (10), a partir de solicitação do vereador Solon Pinheiro (Solidariedade).

“Se não voltarmos a receber centenas, e não milhares de vacinas, podemos ficar numa situação confortável nos próximos meses sim. Até o final do ano, acredito que com 60% de vacinados”, afirmou a médica.

Questionada pelos edis Solon e Israel Cardoso (PTC) sobre o porquê de continuarem altas as internações apesar da vacinação, ela frisou sobre a importância de os cuidados serem mantidos. Porque os idosos foram imunizados, mas os números mostram pessoas muito mais jovens sendo entubadas no hospital de campanha.

Pastor Francisco (Republicanos) quis saber sobre perspectivas para volta da imunização em grávidas e puérperas (mulheres que deram à luz recentemente). Segundo a secretária, tais mães formam o público exclusivo para receber as primeiras 480 doses da Pfizer enviadas ao município. Para controle da rede pública, serão atendidas as cadastradas para pré-natal pelo Sus.

Até a quarta, 60.670 doses tinham sido recebidas para a primeira dose. Do total, 32.240 para completar a imunização. Apenas naquele Dia Mundial da Imunização, 9 de junho, foram 3.704 pessoas atendidas no município.

“É muito triste termos que escolher quem vai ser vacinado; o ideal seria que tivesse vacina pra todo miundo. Então, que seja mais célere, que o governo federal, estado e o município cumpram com seu papel. Que acabe essa ‘palhaçada’ de politizar o vírus”, assinalou Solon Pinheiro.

 Justiça pede prioridade

Sobre a resistência notada em alguns, Dra. Lívia argumentou: “Não passa pela minha cabeça a gente ter com a vacina a opção de sair desse pânico e se recusar a utilizar. Mais do que um ato individual, é um ato coletivo. Se cada um está na idade de se vacinar, que o faça. Porque a gente vai estar se protegendo e protegendo outras pessoas que amamos. Temos que nos valer dessa opção para não ter a doença, não ter a forma grave ou até mesmo falecer”.

Conforme recomendação do Ministério da Saúde, 80% dos imunizantes são para a população até 18 anos (em ordem decrescente) e 20% para grupos prioritários. Por falar nesse critério, também compareceram advogados pleiteando uma mobilização para incluir os serventuários da Justiça no grupo prioritário de vacinação.

A secretária comprometeu-se a levar a reivindicação à Comissão Intergestores Bipartite – formada por representações das secretarias municipais e a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab).

Além de Dr. Rui Carlos da Silva, conselheiro estadual da OAB, estiveram presentes Dra. Carusa Gonçalves, presidente da Comissão de Saúde da subseção local; Dr. Thiago Cruz, secretário geral, e Dra. Vanessa Arruda, vice-presidente da OAB Jovem.

“Nosso debate é calcado na Constituição Federal, que classifica o acesso à Justiça um direito fundamental. Esse direito está sendo impedido na pandemia. O Judiciário é feito de atores: serventuários, advogados, juiz, promotor... E eles estão com dificuldade”, afirmou Dr. Rui.

Ao que Dr. Thiago completou: “Queremos propor uma avaliação mais ampla. Passados cerca de quatro meses do início da vacinação, vários grupos foram contemplados como essenciais – e assim devem ser. Mas queremos trazer a reflexão que, após 15 meses de fórum fechado, será que não está no momento de avaliarmos a necessidade de o sistema judiciário voltar de forma integral?”. ascom

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