segunda-feira, 1 de outubro de 2018

ELEIÇÕES 2018 Mesmo alvos de investigação, políticos lideram nas intenções de voto

Renan Calheiros é alvo de oito inquéritos no STF, mas lidera na disputa pelo Senado em Alagoas


Do - Diário do Poder - Mesmo investigados por crimes como corrupção e desvio de recursos públicos, políticos que já estavam no poder e concorrem novamente nestas eleições lideram pesquisas de intenção de votos para cargos como senador e governador.
Entre eles, está Renan Calheiros (MDB-MA), candidato ao Senado em Alagoas, que é alvo de oito inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) sob suspeita de crimes como cobrança de propina. Mesmo com as suspeitas contra ele, Calheiros lidera a última pesquisa Ibope encomendada pela TV Gazeta de Alagoas de intenção de voto, com 39%. A pesquisa tem registro AL-06041/2018 no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Alagoas e BR-02881/2018 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Reinaldo Azambuja, governador do Mato Grosso do Sul.
Reinaldo Azambuja (PSDB-MS), que lidera as intenções de voto para o governo do Mato Grosso do Sul com 40%, foi alvo da Polícia Federal em setembro deste ano no âmbito da Operação Vostok. A ação, que mira o atual governador que busca a reeleição, investiga o pagamento de propina a representantes da cúpula do Executivo de Mato Grosso do Sul, baseada na delação premiada de executivos da JBS, empresa do ramo frigorífico.

Azambuja avançou nas intenções de voto mesmo após a operação da PF. No levantamento encomendado pela TV Morena em agosto, antes da ação, Azambuja aparecia com 39% das intenções de voto; já na pesquisa de setembro, também da TV Morena, o governador tem 40%.
A primeira pesquisa, realizada em agosto, tem registro MS‐06269/2018 no TRE do estado e BR‐06268/2018 no TSE. Já o levantamento de setembro tem registro MS‐03695/2018 no TRE e BR‐03166/2018 no TSE.
Ex-governador de Goiás Marconi Perillo. Foto: ABr
O mesmo acontece com Marconi Perillo (PSDB), ex-governador de Goiás e candidato ao Senado no estado. No início de setembro, Perillo se tornou réu em processo por corrupção passiva. De acordo com a denúncia aceita pela Justiça, o ex-governador foi acusado de favorecer a empreiteira Delta em contratos com o governo de Goiás em troca do pagamento de R$ 90 mil em dívidas de campanha de Perillo.
O candidato ao Senado foi alvo, nesta sexta (27), da Operação Cash Delivery da Polícia Federal, que investiga repasses indevidos — que somados ultrapassariam R$ 10 milhões — para agentes públicos do estado de Goiás. A ação é baseada em acordos de delação premiada de executivos da Odebrecht.
Mesmo réu, Perillo lidera as pesquisas de intenção de voto em Goiás. Em pesquisa de intenção de voto divulgada no dia 21 de setembro, Perillo aparece em primeiro lugar na corrida pelo Senado em Goiás, com 29% das intenções de voto. A pesquisa Ipobe, encomendada pela TV Anhanguera, tem registro GO-09015/2018 no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Goiás e registro BR-09138/2018 no Tribunal Superior Eleitoral.
Edison Lobão (MDB-MA). Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.
Outro candidato ao Senado com inquérito aberto no Supremo é Edison Lobão (MDB-MA). Em junho deste ano, o senador passou a ser investigado por supostas irregularidades envolvendo a Diamond Mountain, nas Ilhas Cayman. Lobão é alvo de outros cinco inquéritos no STF, dos quais três relacionados à Lava Jato.
Em Pesquisa Ibope divulgada em agosto, Lobão aparecia em primeiro lugar nas intenções de voto para reeleição, com 27%. A pesquisa foi encomendada pela TV Mirante, com registro no TRE-MA de MA-00502/2018 e no TSE, BR-02085/2018.
Senador Ciro Nogueira. Foto: Edilson Rodrigues/Ag Senado.
Em setembro deste ano, o ministro do STF Edson Fachin deu sinal verde para a abertura de um inquérito contra o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e mais três pessoas por supostos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. O pedido da Procuradoria-Geral da República foi feito em dezembro do ano passado, baseada na delação premiada de executivos do Grupo J&F.
Até agosto deste ano, quando a 2ª Turma do STF rejeitou uma denúncia contra o senador, Ciro Nogueira era suspeito de solicitar propina no valor de R$ 2 milhões da UTC Engenharia em troca de favorecimento à empreiteira em obras de responsabilidade do Ministério das Cidades e do Estado do Piauí.

Alvo da Polícia Federal na última quinta (27), Ciro Nogueira concorre à reeleição e lidera nas pesquisas de intenção de votos, com 36%. O levantamento encomendado pela TV Clube tem registro PI-08528/2018 no TRE-PI e BR-03034/2018 no TSE.

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