quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Escolinha de futebol itabunense exporta talentos para o mundo do esporte


Um sonho idealizado por um ex roupeiro do Itabuna Esporte Clube ganhou corpo e hoje, mais de 12 anos depois, não apenas revela talentos mas também os exporta para grandes times nacionais. Trata-se da Escolinha de Futebol do Bairro Conceição, em Itabuna, comandada por Napaeta (o aposentado Orlando Silva) e mais dois importantes colaboradores: Letão (o agente comunitário de saúde Wellington Oliveira) e Bode (Jailson de Jesus, um ajudante de pedreiro).

A escolinha começou num antigo campinho no Bairro da Conceição na década de 90 e de lá pra cá, pelo menos dois mil jovens e crianças já compartilharam o sonho de Napaeta. Alguns seguindo a carreira esportiva, enquanto outros optaram por profissões variadas, mas todos com algo em comum: “são homens de bem e isso faz valer todo o esforço e as dificuldades comuns do dia a dia”, conta o velho e querido treinador.

Napaeta não esconde o orgulho quando fala de muitos dos seus ex meninos que seguiram a carreira de jogador, chegando em importantes times como Corinthians, Criciúma, Bahia, Cruzeiro, para ficar só em alguns.  Atualmente são mais de 70 alunos com idade entre cinco e 16 anos que treinam duas vezes por semana na quadra de esporte da Avenida Aziz Maron (próximo à Câmara de Vereadores).

A única exigência que ele não abre mão, é que a criança ou o jovem estudem e tirem boas notas. Um vacilo e um olhar meio perdido surgem quando o treinador é questionado sobre o retorno financeiro para ele. Não existe. Pelo contrario, às vezes é preciso “correr” em busca do socorro de amigos para comprar um par de tênis, já que muitos dos alunos são de família extremamente carente.

Ele conta que o custo para manter a escolinha é relativamente alto em função de material esportivo. Pelo menos trinta bolas (diferentes para cada categoria), além de redes, coletes e calções são gastos a cada três meses. Grande parte é comprada por meio de “vaquinha” ou de rifa entre amigos. O sonho não pode acabar, pensa o treinador, que não se intimida diante das dificuldades.

“Nosso projeto é fabricar homens de bem, ensinando não apenas a tocar a bola, mas também a ética, o profissionalismo e o respeito às pessoas e à sociedade como um todo”, afirma, destacando que o propósito da escolinha, além de difundir a prática esportiva, é também a de promover a inclusão social e, claro, revelar novos valores na comunidade.

Qualquer grande ou pequeno empresário ou  “pessoas comuns” podem conhecer a atuação da escolinha durante os treinos no final da tarde e quem sabe dar uma ajudazinha seja financeira ou com material esportivo. A sede provisória funciona na Rua Bela Vista no  441, Bairro Conceição ou o contanto pelo celular 98806-4670.


Por - Rosi Barreto


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