Por solicitação do prefeito de
Itacaré, Antônio de Anízio, e do secretário municipal de Juventude, Esporte e
Cultura, Diego Augusto, representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e
Cultural da Bahia (Ipac) visitaram o município nesta terça-feira (17) para
acompanhar as obras de reforma da Igreja de São Miguel e analisar a viabilidade
de transformar a manifestação cultural Bicho Caçador como um patrimônio
cultural imaterial da Bahia. Também foi discutida a viabilidade de tombamento
conjunto ou isolado de prédios antigos, transformando ruas de Itacaré num
verdadeiro centro histórico.
Durante a visita o assessor
institucional do Ipac, André Reis, e o diretor de projetos, obras e restauro,
Felipe Musse, foram acompanhados pelo vice-prefeito Genilson Souza, e pelos
secretários Diego Augusto e Ademar Sá, de Desenvolvimento Urbano, que
apresentaram detalhes tanto dos prédios históricos da cidade, como também da
história e da tradição do Bicho Caçador. Eles também relataram aos técnicos do
Ipac a importância da transformação dessa manifestação cultural como patrimônio
cultural imaterial da Bahia, como forma de garantir a preservação da tradição e
pela valiosa contribuição à cultura popular que o Bicho Caçador pode trazer
para a Bahia. Na oportunidade, também visitaram o Centro Cultural do Porto de
Trás, onde foram discutidos projetos para o local.
Os técnicos do Ipac já estão
estudando a viabilidade dessas propostas e novos encontros serão agendados para
dar andamento aos passos que devem ser seguidos para transformar o Bicho
Caçador de Itacaré no patrimônio cultural imaterial da Bahia. Também será
firmada parceria com a Prefeitura para capacitação e ação de educação
patrimonial. Na visita às obras de restauração da Igreja de São Miguel os
representantes do Ipac destacaram a qualidade dos serviços para recuperar o
patrimônio histórico de Itacaré e o empenho do Padre Edinaldo e da comunidade
local para viabilizar essa obra.
LENDA – De acordo com os moradores
de Itacaré, a lenda do Bicho Caçador começou a muitos anos quando um homem saiu
para caçar e depois de andar muito ficou com sede e foi beber água no rio. Ao
se agachar na margem avistou dois bichos
enormes e com medo pegou o facão e a espingarda e começou a brigar com
eles. Foi descendo o rio numa luta árdua e tempo depois conseguiu matar os bichos.
Ao chegar à cidade contou a história. Desde então a comunidade quilombola do
Porto de Trás festeja o mito do bicho caçador nos dias 1º, 26 e 31 de janeiro.
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