terça-feira, 17 de maio de 2016

AZULÃO BAIANO SEPULTADO ONTEM EM IBICARAÍ


Sem a presença de nenhuma autoridade municipal, mas contando com os seus familiares, membros do Clube do Poeta Sul da Bahia, que fizeram as despedidas com um recital de poesias, Grupo de Capoeira de Ilhéus e o amigo Waldyr Montenegro (Boró), foi sepultado ontem (16) às 17h, na cidade de Ibicaraí, o corpo do poeta-repentista, compositor e cantor, mestre de capoeira, maratonista e cantor, aos 81 anos de idade, Nelson Ribeiro da Silva (Azulão Baiano) que completaria 82, anos de idade, agora, em Junho. Nasceu em Maraú, em 1934.

Nas despedias finais, além das poesias recitadas pelos poetas: Adeildo Marques, Rogério Medrado, Joselito dos Reis, e pronunciamentos dos jornalistas Paulo Lima, e Waldyr Montenegro. Paulo Lima fez um apelo às autoridades de Ibicaraí, para que essas fizessem uma homenagem ao grande poeta Azulão Baiano, dando-lhe, pelo menos um nome de rua ou logradouro, já que o poeta era um grande nome da nossa cultura, não só de Ibicaraí, mas sul da Bahia e do Brasil, além do exterior. E solicitou ao colega, Waldyr Montenegro para que solicitasse esse preito junto às autoridades à merecida homenagem. Waldyr , ressaltando a grandeza de seu grande amigo, que o tratava como filho, o chamando de "meu bisqui", bastante emocionado, disse que iria lutar para isso acontecer. 

O grupo de capoeira de Ilhéus fez uma linda mensagem na despedida, invocando o umbandismo do poeta, informando que as musicas de capoeiras interpretadas por Azulão Baiano são hoje tocadas em vários países da Europa, Ásia e nos Estados Unidos. Azulão, que foi também um dos idealizadores da FICC – Fundação Itabunense de Cultura Cidadã, em Itabuna, ao lado de Ritinha Dantas, com o patrocínio, deste grupo de capoeira, deixou dois CDs gravados.     

POETA

O oxigênio ficou perfumado
As flores desabrocharam e choraram
As arvores o acompanharam..
O beija-flor, liderando todos os pássaros,
Verteu uma lágrima... De magia da dor...

A Terra em silencio tremeu
Os anjos do Senhor o abençoaram
Era a despedida do poeta  (ave!) "Azulão!"
Não era realidade ou ilusão
Era de Ipiaú, um baiano...
No caminho celestial da eternidade...
Deixando para trás uma saudade!

Lá vai o poeta!
Lá vai o Azulão!
Lá vai azulão!
Lá vai o poeta!

Nesta tarde triste ou alegre...
Segredo dos anjos dourada
Da Terra do Senhor Menino!
Na cidade de Ibicaraí.

Lá vai o poeta...

Lá vai o poeta...

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