segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

VIOLÊNCIA DEBATIDA EM SALVADOR

Prédio centenário da Câmara de Salvador
​Violência, extermínio e desaparecimento de adolescentes e jovens em Salvador serão debatidos dia 10 na Câmara Municipal

Frente aos recorrentes casos de violência contra jovens e adolescentes, que prova que estes estão em situação de vulnerabilidade, a Câmara Municipal realiza no dia 10, quarta-feira, às 8h30min, no auditório do Espaço Cultural, uma audiência pública com o tema "Violência, Extermínio e Desaparecimento de Adolescentes e Jovens em Salvador" promovida pela Comissão Especial de Defesa da Criança e do Adolescente, Comissão de Educação, Comissão da Reparação, Ouvidoria, Comissão de Defesa dos Direitos das Mulheres, Comissão Especial da Família e da Frente Parlamentar da Juventude


O auditório do Espaço Cultural da Câmara Municipal fica na Praça Thomé de Souza, embaixo da Prefeitura de Salvador. A participação é aberta às pessoas interessadas, em especial as famílias atingidas e as entidades representativas. "Estatísticas apontam que entre 2009 e 2012, 6.483 pessoas foram assassinadas na capital baiana sendo a maior parte na faixa etária de 19 aos 24 anos. O Legislativo precisa se posicionar e servir de canal para denúncias e buscas de soluções", afirma Hilton Coelho, presidente da Comissão Especial de Defesa da Criança e do Adolescente.

Ele lembra que no mês de agosto os moradores do Subúrbio Ferroviário ficaram assustados com a onda de violência na região. Em menos de 48 horas, cinco jovens foram sequestrados. O episódio mais recente envolve Davi Fiúza, 16 anos, que sumiu no dia 24 de outubro no bairro de São Cristóvão, em Salvador. A situação teria ocorrido durante abordagem de policiais militares. "Davi Fiúza virou um símbolo de um problema que precisamos enfrentar de frente", disse o socialista.

"Os casos quase sempre envolvem jovens negros. O racismo está diretamente ligado aos casos. Cesare Lombroso (1835-1909) procurava características que permitissem identificar o 'delinquente nato' de um indivíduo 'normal'. E essa teoria do 'delinquente nato' influenciou e influencia diretamente nas políticas públicas, sociais e criminais do Brasil e do mundo. Não podemos e não vamos aceitar como natural as mortes e desaparecimento de nossos jovens. É preciso que esse fato saia das páginas policiais e ganhe as páginas de política. Os interesses da sociedade e da juventude vitimizada e violentada precisam ser defendidos. A audiência pública no dia 10, quarta-feira, é mais um instrumento neste processo que deve ser de todas e todos", finaliza Hilton Coelho.

Ascom 
Por-Carlos Alberto Carlão de Oliveira 

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